Cerca de 130 familiares e amigos de vítimas dos vôos 1907, da Gol, e 3054, da TAM, se reuniram na tarde deste sábado no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. A maioria dos presentes representava os gaúchos mortos no acidente da Gol, que se chocou com um jato Legacy, há 18 meses, já que grande parte dos parentes das vítimas do vôo da TAM está em São Paulo, onde o avião se chocou contra um prédio da companhia. No Aeroporto de Congonhas, ocorreu hoje manifestação semelhante e objetos dos passageiros foram entregues aos familiares.

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Na capital gaúcha, os manifestantes formaram uma corrente em volta dos check-in das companhias, vestindo camisetas do movimento. Eles cantaram e fizeram a leitura da carta aberta da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, que pede a punição dos pilotos americanos do Legacy, que teriam provocado a queda do avião. Para encerrar o ato, eles dirigiram ao saguão de embarque. Muitos vestiam sacos de lixo preto, segundo eles, representando como a Aeronáutica entregou os corpos das vítimas do acidente da Gol.

Entre os presentes, estava Rosane Gutjahr, de 50 anos, esposa de Rolf Ferdinando Gutjahr, que estava no vôo 1907. Ela disse que estava lá para fazer com que as autoridades dessem “respostas justas”:

– Não queremos dinheiro, queremos justiça e que quem matou pague, sendo preso – declarou Rosane, que acrescentou que quer a punição criminal dos pilotos americanos, que, de acordo com ela, “nos Estados Unidos, têm sido tratados como heróis”.

Christophe Haddad perdeu a filha no acidente da TAM em São Paulo. Rebeca Haddad faria 15 anos amanhã. O pai da garota disse que o objetivo do protesto era “mostrar que a impunidade é o que mais tem acontecido e conscientizar a população de que eles podem estar fazendo check-in sem saber se o avião foi vistoriado para o vôo.

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