Sobreviventes e familiares de desaparecidos no naufrágio de um pesqueiro na quinta feira, no litoral catarinense, protestam na manhã deste domingo em frente à empresa JS, dona do barco, em Itajaí. Eles reclamam da falta de informação e de acolhimento. As informações são do G1 SC.
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Policiais do Patrulhamento Tático estiveram no local, mas, por volta das 12h, a Polícia Militar em Itajaí informou que a questão já havia sido resolvida e que os policiais haviam ido embora.
Segundo Daniela Kopsch, prima de um dos seis desaparecidos, houve um “acordo verbal” na presença da polícia para que seja destacado um funcionário de plantão para acolher as famílias. Também ficou acertada a saída de uma van na manhã de segunda-feira para levar 12 representantes das famílias até a região de Imbituba onde poderão acompanhar os trabalhos de buscas.
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Mais cedo, Kopsch relatou os problemas enfrentados pelos parentes das vítimas.
— As famílias estão desamparadas, sem acolhimento, sem informações. Desde quinta-feira esta é a única informação que passam por telefone aos familiares: que não há novas informações. As informações oficiais não saem e isso só piora o clima. Chegaram mais viaturas e informaram que vão tirar as pessoas à força daqui – relatou ao G1.
Ricardo Paiva, um dos 17 sobreviventes, também esteve no local e reclamou do tratamento dispensado às vítimas e familiares:
— Eles (empresa) não estão abrindo o portão para o pessoal entrar, nós estamos apenas querendo respostas. Ninguém está aglomerando, ninguém está quebrando nada. A polícia já foi acionada. Isso não era necessário. A gente só quer respostas – disse Paiva.
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A reportagem tentou contato com a empresa JS neste domingo, sem sucesso.
Barco pesqueiro naufraga com 24 tripulantes na costa de Imbituba
De acordo com a Marinha, o barco pesqueiro Jorge Seif Junior, de Itajaí, naufragou a 80 quilômetros da costa de Imbituba, Outra embarcação que estava na região, proveniente de Antígua e Barbuda, foi acionada pela Marinha para ajudar no resgate. Ainda pela manhã de quinta, 17 pessoas foram resgatadas com vida pela embarcação estrangeira.
Ainda há chance de encontrar pessoas com vida
O G1 conseguiu contato com a Delegacia da Capitania dos Portos em Laguna, que afirmou que as buscas, feitas desde a noite de quinta, seguem neste domingo com auxílio de um barco da Marinha e de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), e que não há novidades. A reportagem questionou o número de pessoas envolvidas nos trabalhos, mas a delegacia informou que não poderia dar essa informação.
Sobre as chances de encontrar os desaparecidos com vida, o comandante Alekson Porto, da Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí. mostrou-se otimista:
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— Eu mesmo tenho relatos e participei de busca e salvamento em que a pessoa ficou três dias no mar. Tem relatos de outros lugares do Brasil [de pessoas] que ficaram até mais – contou Porto.