Familiares de uma jovem de 22 anos questionam a morte de bebê que nasceu no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Nesta terça-feira, parentes chamaram a Polícia Militar até a instituição, onde a mulher continua internada, para registrar um boletim de ocorrência. Os irmãos de Edna Vanessa Rosa de Oliveira querem que seja apurada a causa da morte da criança, que segundo o atestado de óbito teria nascido morta. A família alega que a mãe e enfermeiras ouviram o recém-nascido chorar.
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Conforme um dos advogados da família, Cássio Temoteo da Costa, Edna teria dado entrada na instituição por volta das 23h de segunda-feira, com dores e dilatação de seis centímetros. Nenhum familiar teria sido autorizado a acompanhar o parto e morte da criança teria sido informada perto das 5h40min.
– Registramos um boletim de ocorrência e vamos à delegacia pedir que o IML faça um exame para identificar se a criança nasceu viva ou não. A família suspeita que o hospital possa ter sido negligente ou até mesmo forçado um parto normal – explica, acrescentando que somente após o resultado do exame a família irá tomar providências legais sobre o caso.
Eliane Oliveira, irmã de Edna, conta que a jovem estava grávida de nove meses e que durante o pré-natal (feito em um posto de saúde em Camboriú, onde reside) não foram registrados problemas. Ela diz ainda que a irmã queria fazer cesárea – apesar de não ter encaminhamento médico que sugira o procedimento.
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– Ela pedia para fazer cesárea, mas fizeram ela caminhar e a barriga ficou toda machucada de tanto empurrarem. Não tinha como a criança nascer morta, o bebê era muito saudável. Foi uma tragédia. Não nos conformamos com essa resposta – afirma Eliane.
Familiares relataram ainda que o hospital mostrou dois atestados de óbito do bebê. O primeiro não teria sido aceito pela falta de dados sobre a causa da morte. O segundo entregue aos irmãos de Edna relata que o bebê nasceu morto e não determina a causa da morte.
Hospital garante que paciente recebeu atendimento necessário
A diretoria do Hospital Ruth Cardoso informou que apenas se manifestaria via assessoria de comunicação. O hospital garantiu que o atendimento necessário foi dado à gestante e que a criança nasceu morta às 4h35min. A unidade afirmou também que a entrada de acompanhante não foi proibida, mas que isso só ocorre após o período preparatório, e não houve tempo para que um familiar fosse chamado.
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O hospital informou ainda que o pré-natal não foi feito no Ruth Cardoso e que, nos últimos 30 dias, esta foi a primeira vez que a paciente esteve no local. Sobre a emissão de dois atestados de óbito, a assessoria confirmou que, diante da correria, houve erro de preenchimento no primeiro documento, e que por isso foi emitido um segundo documento, desta vez completo.