Uma família que ostentava vida de luxo em Balneário Camboriú é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (26). A investigação tenta desmantelar uma organização criminosa que leva drogas e armas para dentro de uma comunidade carioca. O dinheiro ilícito era usado na compra de imóveis de alto padrão na cidade catarinense com o apoio de corretores do estado.
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A operação Fim do Mundo começou no clarear do dia e estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. As ordens judiciais miram três grupos criminosos que movimentaram mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos. Até as 7h30min, ao menos quatro pessoas tinham sido presas em SC, conforme divulgação da PF.
Segundo a Polícia Federal, a operação mira três grupos de uma mesma organização. Um desses é liderado por dois irmãos, responsáveis pela inserção de drogas e armas nas comunidades do Rio de Janeiro. Conforme a investigação, eles utilizavam o lucro do crime para comprar imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú – que tem o metro quadrado mais caro do Brasil – em nome de terceiros.
Vídeos revelam bastidores de ostentação e riqueza de criminosos em Balneário Camboriú
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Para isso, porém, tinham o auxílio de um casal de corretores catarinenses. Dentre os denunciados na investigação também estão a mãe, as esposas e as irmãs dos dois líderes da organização criminosa. As mulheres “gozavam de uma vida de luxo no município e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias”, disse a PF.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos em dezembro pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também há autorização para sequestro de 15 imóveis, 19 automóveis e duas embarcações, nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba (RJ), Angra dos Reis (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).
Ainda foram bloqueadas mais de 32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a sequestrados em bens mais de R$ 22 milhões.
A operação é fruto de uma investigação que começou em maio de 2020.
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