O joinvilense Alexandre de Borba, 44 anos, havia começado a trabalhar às 6 horas de segunda-feira, 24 de dezembro e, como fazia há pelo menos dois anos, assumiria o táxi por 24 horas para depois folgar por 24 horas. Ele se preparava para as últimas horas da jornada de trabalho quando, por volta da 1h50 da madrugada de terça, 25 de dezembro, deu início a uma corrida em direção à zona Sul de Joinville e foi morto no bairro Santa Catarina.
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Alexandre foi a 91ª pessoa a ser morta em um assassinato em Joinville em 2018, e apenas o terceiro em um possível caso de latrocínio (roubo seguido de morte), segundo o levantamento do jornal A Notícia. Apesar de trabalhar como motorista há pelo menos 12 anos — primeiro como caminhoneiro e, há cerca de dois anos, como taxista —, ele nunca havia sido assaltado antes.
— Ele herdou a profissão do falecido pai, que também era motorista na área de transportes. A única coisa ruim que já tinha acontecido com ele foi acidente, mas nunca assalto — conta o cunhado dele, Paulo Zick.
Alexandre era divorciado, não tinha filhos e morava com a mãe no bairro Iririú. Era na casa dele que os familiares — uma das duas irmãs, o marido e as duas sobrinhas — passavam a ceia de Natal com a matriarca. Como o turno de Alexandre caiu na véspera de Natal, o plano da família era realizar um almoço de Natal para que ele pudesse participar, já que chegaria em casa por volta das 6h30 da manhã.
— Era para ser um dia em que comemoramos o nascimento de Cristo, mas, em vez disso, estamos vivendo a morte de um parente — lamentou Paulo.
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O velório e o sepultamento de Alexandre ocorrerão nesta quarta-feira, 26, com o velório iniciando às 6 horas na Capela 3 da Borba Gato e o sepultamento marcado para as 16h30 no Cemitério Municipal.
A investigação sobre a morte dele foi iniciada pelos delegados Fabiano Silveira e Dirceu Silveira Jr, da Delegacia de Homicídios de Joinville e, na noite de terça-feira, foi passada para a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, sob responsabilidade do delegado Fábio Estuqui.