Desaparecida há um mês, a família de Karize Fagundes Lemos, de 33 anos, ainda tem esperança de achá-la viva. O ex-companheiro dela, no entanto, teria dito a amigos ter assassinado a advogada na casa onde moravam, em Caçador, Meio-Oeste catarinense. Ele fugiu no dia do crime, 29 de setembro, e foi encontrado no dia seguinte em um motel de Guaíra, no Oeste do Paraná.
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— Um pai ou mãe jamais imagina ver seu filho morto — afirma o advogado Felipe Yoshimi Cassiano Tukuda, advogado que representa a família da vítima.
Mesmo um mês depois do crime, ainda faltam respostas. Segundo Tukuda, o suspeito ainda nem está em Santa Catarina. Ele segue detido no Paraná, após ter sido encontrado tentando fugir do país. A Polícia Civil de Caçador solicitou mais 30 dias de prisão preventiva ao homem, mas a Justiça catarinense concedeu apenas 15. O prazo está chegando ao fim.
Confissão e fuga: o que se sabe e o que falta saber sobre duplo assassinato em SC
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Marido confessou homicídio
Na madrugada de 29 de setembro, o marido de Karize teria confessado a amigos ter assassinado a mulher e um amigo dela, com quem ele acreditava que a advogada tinha um caso. Na casa onde moravam, a Polícia Militar (PM) encontrou manchas de sangue.
Na confissão feita aos amigos, o suspeito teria dito que “desovou” um corpo a cerca de 200 quilômetros de Caçador, e o outro a cerca de 100 quilômetros a frente, durante a fuga. Nenhum deles, no entanto, foi encontrado.
A Polícia Civil já disse que pode não haver uma segunda vítima. O caso, no entanto, está sob sigilo, e os investigadores não descartam nenhuma possibilidade, segundo o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Marcelo Colaço.
No último dia 8 de outubro, roupas que seriam de Karize foram encontradas nas proximidades de Palmas (PR) às margens de uma rodovia, segundo a Polícia Civil.
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Prisão do marido
A cidade onde o marido de Karize foi preso fica no Extremo-Oeste do Paraná e faz divisa com o Paraguai. Segundo a polícia, a intenção dele era fugir do Brasil.
Ele foi até o local em um Nissan/March, onde os policiais militares encontraram uma faca, livros sobre pessoas condenadas por assassinatos e vestígios de sangue, além de outros objetos.
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