A indefinição sobre a ponte do Curtume, em Jaraguá do Sul, continua inquietando os interessados na obra. Quando o impasse entre a Prefeitura e a família detentora de um terreno na cabeceira da ponte, no bairro Jaraguá Esquerdo, finalmente terminou, o Judiciário propôs uma revisão do valor previsto para a indenização – atrasando em mais alguns meses a retomada da obra.

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Uma nova perícia foi realizada em março e os laudos foram encaminhados aos advogados de ambas as partes. O documento apontou um valor R$ 25 mil mais baixo que o R$ 1,3 milhão previsto inicialmente. O advogado da família já entrou com um recurso contra a nova perícia.

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Segundo o secretário de Urbanismo da Prefeitura, Ronis Bosse, agora é necessário aguardar a decisão da juíza responsável pelo caso, Candida Inês Zoellner Brugnolli. Após a decisão, o acordo para venda do terreno e da casa será homologado, para então a obra ser retomada.

A empresa que venceu a licitação para fazer os acessos executou, no ano passado, a obra no lado do Rio Molha. Foi feita a pavimentação asfáltica, instalação de galerias, rotatória, calçadas e sinalização. Assim que o pagamento da indenização for realizado, a empresa retorna ao canteiro de obras para finalizar o acesso no lado do Jaraguá Esquerdo.

Será necessário, antes disso, um aditivo de contrato, devido ao tempo de paralisação. Bosse explica que a empresa ainda não apresentou as planilhas com os novos valores. Após os trâmites burocráticos, a empresa terá um prazo de 90 dias para concluir a obra e enfim liberar o trânsito na ponte.

Quanto à casa na qual a família residia, Ronis explica que ela pode ser transformada em um equipamento público ou demolida para a criação de uma área de urbanização.

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Lembre do caso

A ponte do Curtume começou a ser construída em junho de 2012 e deveria ter sido entregue em dezembro do mesmo ano. A parte que já está pronta foi concluída em março de 2013. Porém, um impasse na desapropriação de um terreno na cabeceira da ponte travou a conclusão da obra.

A Prefeitura pretendia indenizar apenas 200 metros quadrados do terreno, que serviriam de acesso à estrutura. A família, por sua vez, queria a indenização do terreno inteiro. Apenas no ano passado ambas as partes cederam e entraram em acordo.

Antes do fim do impasse, porém, a Câmara de Vereadores questionou o valor da indenização e impediu a permuta com um terreno no bairro Vila Lenzi. Neste ano, o novo capítulo da disputa foi o pedido por uma nova perícia por parte do poder judiciário.