O joinvilense Adair Moraes, de 42 anos, que estava desaparecido desde o dia 5 de fevereiro, foi encontrado. Ele sumiu depois que saiu da construção em que trabalha como mestre de obras no bairro Vila Nova. Os familiares registraram boletim de ocorrência e ficaram surpresos com o desaparecimento, pois relataram que Adair não fazia uso de bebida alcoólica e nem de drogas.

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Em nota, a família divulgou que Adair foi localizado na madrugada desta segunda-feira, quando chegou em casa no bairro Jardim Paraíso, onde mora com a mulher e seis filhos. Na nota, a família diz que ainda não entendeu o que aconteceu e que Adair estava debilitado e desorientado.

Os familiares também agradeceram aos que ajudaram nas buscas e deram apoio durante os dias de desaparecimento. Adair seria levado ao médico ainda nesta segunda-feira.

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Confira um trecho da nota:

“Ainda não compreendemos tudo o que aconteceu, porém ele estava machucado de muito andar, com os pés muito debilitados e com claros distúrbios na mente, causados por intensa depressão que até então desconhecíamos, e que pelo visto tem raízes em diversos problemas que se somaram nos últimos anos.

Devido a sua característica calada e introspectiva, ele não se comunicava conosco, naturalmente. Portanto, foi difícil de nossa parte observar sua grave situação, até porque não convivíamos com ele. A situação se agravou bastante devido às condições de trabalho na construção civil, na obra onde ele desempenhava suas funções, sem carteira registrada, sem o mínimo das condições de ‘insalubridade’ e amparo ao trabalhador. Devido às chuvas de novembro e dezembro, mesmo ele indo trabalhar todos os dias, sua situação financeira entrou em crise, porque não recebia regularmente, passando a ficar em dívida com o construtor onde ele estava empregado.

Estes problemas profissionais causados pela falta de condições dignas de trabalho e pela intensa exploração da mão de obra na construção civil, que aparentemente foram fatores preponderantes para o surgimento dos distúrbios, o levaram a perder o senso da realidade na penúltima quinta-feira. Isso jamais havia acontecido com ele, por isso fomos tomados de pânico. Ainda é cedo para tomar a real dimensão do que causou este grave surto psicológico.

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Até agora, o que temos é que ele lembra de pouca coisa do que aconteceu e está com dificuldades para assimilar a realidade das coisas. Como aparentemente não apresentava mais ferimentos a não ser nos pés, ele se alimentou e dormiu na casa da sua família. Hoje, está sendo conduzido ao médico. Agradecemos a todos vocês que nos ajudaram e assim que esta história for totalmente compreendida, repassaremos as informações.”