Familiares e amigos de Claudiane Sala Belarmino caminharam com lágrimas nos olhos e pediram justiça, na manhã desta quinta-feira, em Guaramirim. A passeata marcou os quatro dias após o corpo da jovem de 15 anos ser encontrado no bairro Caixa D’Água , com cerca de 35 mil habitantes. O grupo caminhou da Escola Almirante Tamandaré até a frente da delegacia, com faixas que exigiam justiça e mostravam a saudade que Claudiane deixou. Aproximadamente 150 pessoas participaram do protesto.

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A manifestação foi organizada pela Escola Almirante Tamandaré. Os alunos do 8º e 9º ano participaram com alguns pais e a família de Claudiane puxou a caminhada. Segundo a diretora, Cristiana Poltronieri, o objetivo é pedir prioridade para o caso de Claudiane e entregar um ofício formalizando essa solicitação.

– Os alunos voltaram à rotina normal de aula. Mas os colegas mais próximos de Claudiane e seus pais estão preocupados, pois o assassino continua solto – explica diretora.

Por causa do protesto, o agente policial – responsável pelo setor de investigação -, Fábio Donin, recebeu a família na Delegacia. Segundo Donin, o crime se tornou prioridade nas investigações por isso foi encaminhado para Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Jaraguá do Sul que possui mais efetivos para apurar o caso.

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– Sabemos que Claudiane desceu um ponto de ônibus depois da Escola de Almirante Tamandaré, mas não sabemos com quem foi se encontrar e o que motivou o crime – declara.

Uma das quatro irmãs de Claudiane, Cleni Sala Belarmino, afirma que a família está de mãos atadas em relação ao crime. Nos dias anteriores ao desaparecimento da irmã, Claudiane agiu normalmente e até acompanhou a família ao culto de domingo.

– Único fato diferente foi a discussão que Claudiane teve ao telefone na sexta-feira com um estranho. Fora isso o comportamento dela foi normal. Nunca soubemos de namorados e brincava que ela precisava achar um namorado logo – desabafa.

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Já a amiga de Claudiane, Natalia Gonçalves, conta que amiga andava meio distante e hipótese alguma deixava alguém olhar seu celular. Também afirma que Claudiane relatou ter um namorado próximo do local onde morava.

Apoio

Em apoio à família de Claudiane, os parentes de Mara Tayana Decker compareceram a manifestação. A prima da mulher que foi assassinada em maio deste ano em Joinville Daiane Maria Rosa, conta que foi protestar como cidadã e por perder alguém próximo em um crime hediondo.

– Quantos crimes terão que acontecer para que se tome providência? Precisamos de penas mais fortes para que as pessoas sejam coagidas a praticar crimes como esse – defende.

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