Ao mesmo tempo em que o delegado da Polícia Civil Elieser José Bertinotti entregava no Fórum de Joinville o inquérito da morte do morador de rua Valdomiro Pensky, 66 anos, o filho dele Edson, 45, procurava advogados. Ele e o restante da família estão decididos: querem justiça e a punição dos dois suspeitos de atear fogo e de matar Valdomiro.
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O morador de rua foi vítima de um atentado na noite de 25 de outubro. Ele não tinha residência fixa, apesar de sempre falar aos três filhos que morava no bairro Vila Nova.
– Ele aparecia na minha casa e parecia morar bem. Só que algumas pessoas começaram a nos ligar, dizendo que ele estava por aí, na estrada. Mas ele não aceitava ajuda -, comentou Edson.
A morada de Valdomiro era, no entanto, um abrigo de lixo de um condomínio residencial da rua Marechal Hermes, no bairro Glória. Na noite de 25 de outubro, o morador de rua foi vítima de uma ação cruel: dois homens teriam ateado fogo no corpo dele dentro do cubículo onde dormia.
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Segunda, o local continuava igual ao do dia do crime. A espuma queimada, roupas e até comida estavam jogadas no chão. Após a tentativa de homicídio, o homem foi encaminhado diretamente à unidade de tratamento intensivo (UTI) do Hospital Municipal São José, onde ficou por sete dias.
Na última sexta-feira, ele não resistiu aos ferimentos causados pelo fogo. Valdomiro foi enterrado no sábado, no Cemitério Dona Francisca. Segundo vizinhos, ele, muitas vezes, dividia o cubículo com outros moradores de rua.
O delegado Bertinotti, que assumiu a investigação, já encerrou o caso e indiciou dois homens de 32 anos pelo crime. A dupla foi presa em flagrante e continua no Presídio Regional de Joinville.
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Eles também moravam nas ruas e testemunhas teriam visto o crime. Os suspeitos não confessaram.
– Um deles também tinha mandado de prisão pela cidade de Garuva, por furto -, comentou o delegado. O inquérito está nas mãos do Ministério Público.
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