Djonatan Eduardo Klitzke, de 8 anos, permanece na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville. Socorrido com ferimentos na cabeça em Guaramirim, após ficar cerca de 8 minutos sem respiração e batimentos cardíacos, ele está em estado grave, conforme contaram familiares que aguardavam pela visita na tarde desta segunda-feira.
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Na manhã de domingo, às 6 horas, a história das enchentes de 2008 se repetiu para a família Klitzke. Eles perderam tudo novamente. Construíram um muro para conter o barranco no fundo do terreno e reconstruíram a casa, que tinha um espaço no piso superior com as máquinas de costura onde trabalhava a mãe de Djonatan, Josi, e dormitórios no térreo. Quando as chuvas derrubaram parte da casa pela primeira vez há seis anos, não havia ninguém em casa.
Quando o muro e as paredes vieram abaixo, Josi estava no piso superior. Djonatan dormia com o irmão, David, de 3 anos, em um colchão, enquanto o pai Valmir Klitzke deitava na cama. Todos ficaram debaixo dos escombros. David teve escoriações pelo corpo e um caco de vidro retirado das costas, mas está bem, assim como o pai que compareceu à visita no Hospital Infantil. Josi continua internada após uma cirugia no fêmur. A situação mais delicada é a de Djonatan.
– Ele tem poucas chances – lamentou o avô Moacir Kamer – Se ele sobreviver, pode até ficar em coma.
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Josi ouviu um estrondo e logo se viu soterrada, mas, “por sorte”, estava com o celular nas mãos para pedir socorro. Assim, a irmã dela, Eliane Kamer, tia de Djonatan, relatou o momento em que a terra deslizou sobre a família e a casa. Eliane é madrinha do menino e foi visita-lo na companhia do cunhado e do pai dela. Valmir mal conseguiu conversar sobre o acidente que vitimou a família dele. Moacir não conseguia conter as lágrimas.
– Quem disse que homem não chora? – questionou.
Já Eliane teve a clareza de lembrar que, além da recuperação de Djonatan e Josi, eles contam com a ajuda das pessoas.
– Nesse momento, eles precisam de tudo, roupa, cesta básica e contribuição com remédios – pediu ela.
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Quem puder contribuir deve ligar para a família, no número (047) 3370-5002.