Um mês após a morte de Ana Kemilli, 14 anos, a família ainda espera respostas sobre o que motivou o crime. A adolescente saiu de casa no dia 8 de fevereiro em Campo Belo do Sul, na Serra de SC, para acompanhar uma amiga até um ponto próximo a residência da garota e não voltou mais.
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Depois de três dias, ela foi encontrada morta com os braços amarrados em uma árvore. A polícia apreendeu um menino de 15 anos, vizinho de Ana, que teria participação no crime. Contudo, as causas e o envolvimento de mais pessoas ainda são investigados no inquérito.
A polícia acredita que pelo menos mais uma pessoa esteja envolvida no crime. Contudo, ainda não há suspeitos. O Ministério Público não deu detalhes sobre as investigações. O adolescente apreendido está internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) e aguarda pela definição de uma sentença.
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O corpo de Ana foi encontrado por moradores do Assentamento 17 de Abril, em uma área de mata no interior da cidade. Segundo o Ministério Público, ela foi morta por estrangulamento no dia em que desapareceu.
O vizinho, que também havia desaparecido, se apresentou à polícia e declarou envolvimento com o crime. O delegado responsável pelas investigações, Tiago Gomes, disse que o jovem estava bastante assustado e não teria fornecido detalhes sobre o fato.
Mês torturante
A mãe da adolescente conta que o mês sem respostas foi torturante. Segundo Keli Taques, a família foi interrogada e mantém contato com o investigador do caso. Contudo, a ausência de respostas e da identificação de todos os culpados, transformou a situação em algo torturante.
— Esse mês está sendo uma tortura. A gente não tem uma solução. Nós não sabemos o que fazer porque nós também ficamos de mãos atadas — contou.
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Keli lembra com carinho do cuidado da filha, que sempre a apoiou nos momentos de tristeza. A adolescente começaria o oitavo ano do ensino fundamental e estava animada com o nascimento do irmão mais novo. Miguel Arthur completou quatro meses nesta terça-feira (9).

A mãe conta que a filha e o adolescente apreendido não eram amigos. Eles moravam distante cerca de 1 quilômetro. A família também acredita que mais pessoas estejam envolvidas no crime, mas não consegue entender o motivo.
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— Nós acreditamos que o menino sozinho não faria o que ele fez. A gente não tem certeza de nada. […] Na terça-feira depois que ela sumiu eu tinha muita esperança de encontrar ela viva. Mas quando chegou a quarta-feira… Até hoje eu não me conformo com o que aconteceu — completou.
Na segunda-feira, cerca de 80 familiares e amigos fizeram um ato virtual pedindo por justiça pela morte da estudante. A mãe da garota segue fazendo tratamento psicológico desde quando soube da perda da filha mais velha.
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