Na camisa branca, estava estampado o último retrato e o último sorriso da jovem de 17 anos que morreu semana passada, após ter usado ecstasy em uma boate de Joinville. Nos dedos, as duas alianças, dele e a dela, que o casal usava desde o terceiro mês de namoro – em 6 de abril, eles completaram um ano.
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O namorado da jovem, de 18, ainda sofre ao falar sobre o assunto. Guarda as recordações com carinho. Mas assim como a mãe da menina, não consegue tirar a bela da cabeça. Neste domingo, mais uma homenagem. Antes da missa de sétimo dia, os familiares resolveram ir, unidos e a pé, até a igreja. Eles querem conscientizar as demais famílias sobre o perigo desta droga.
– Voltei a trabalhar na quarta-feira. Mas ainda não consigo pensar em outra coisa -, revelou o namorado da menina.
A mãe dela, diarista, também não conseguiu trabalhar. O pai, depois de uma semana difícil, volta ao emprego nesta segunda.
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– A cada dia é pior. A saudade até passa. Mas a dor só aumenta -, lamentou a mãe, enquanto caminhava até a Igreja São Sebastião, no bairro Iririú.
Manifestação
A mãe disse ainda que está tentando articular uma manifestação, ainda sem data definida, a fim de chamar a atenção de outras famílias para a prevenção das drogas.
– A dor é muito grande, não quero que se repita a nenhuma outra família. Por isso, essa vontade de usar o que estamos passando para tentar conscientizar outros pais -, afirmou ela.
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