Na manhã desta quarta-feira, os visitantes e funcionários do Museu Arqueológico do Sambaqui de Joinville puderam voltar às origens do local. Isso porque integrantes da família de Guilherme Tiburtius, o homem que vendeu as primeiras peças que deram início ao acervo do museu, estiveram presentes no Palacete Niemeyer para fazer a doação de manuscritos que pertenciam ao pesquisador.
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São 22 pastas com textos e desenhos feitos com bico de pena, além de fotografias referentes aos artefatos e pesquisas realizadas por Guilherme.
Ewaldo Tiburtius, filho do pesquisador, foi o responsável pela doação. O senhor de 87 anos e boa memória conta que o pai construiu uma sala onde guardava as peças e também fazia desenhos e registros.
Parte dos documentos agora fazem parte do acervo do Museu do Sambaqui. Segundo Ewaldo, os manuscritos são do início da década de 40 e, sua grande maioria, referentes à Santa Catarina.
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– Esses documentos são de anos de pesquisa do meu pai e fico emocionado em doar porque são lembranças que tenho dele.
Os documentos vão complementar o acervo e a história que o museu ainda não possuía. Após a entrega das pastas, agora os manuscritos passarão por um processo de acondicionamento.
– Nesta primeira etapa, a intenção é fazer a tradução. Mais tarde, talvez, publicar-, revela Adriana Maria Pereira dos Santos, coordenadora do museu.
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A ideia de doar os manuscritos surgiu depois do contato de dois bisnetos de Guilherme com a coordenação do museu. Eles visitaram as instalações e, junto com a família, entenderam que o melhor lugar para os documentos seria o museu onde já se encontram as peças.
– São coisas que você guarda, mas têm que ser compartilhadas. É o complemento que o museu precisava-, diz Heloísa Rodrigues dos Santos, filha de Ewaldo e neta de Guilherme.
Segundo ela, a família ainda possui cartas pessoais do avô, que vão ser analisadas para depois também serem doadas ao acervo.
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