Cristina Quintino está há três semanas em Barragem, em Rio do Sul. Ela se mudou com os três filhos de uma parte alta da cidade e arrumou a casa do jeito que queria. Porém, não esperava que fosse enfrentar as consequências das chuvas tão cedo.

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Com seus móveis e pertences ali, Cristina está com seus três filhos: Tiago e os gêmeos Luana e Lucas, ambos de um ano. Esta é a primeira enchente que Cristina, de 27 anos, sente na pele. Desde sexta-feira, 20, ela dorme no abrigo em Barragem e está arrasada com os acontecimentos dos últimos dias. Desesperada, ela diz que já se viu chorando várias vezes ao longo do dia, ainda mais porque Lucas sofre de cirrose hepática, doença que adquiriu por conta de uma deficiência no fígado, e precisa de cuidados especiais. Corujinha, o gato de estimação de Tiago, parece ser uma distração em meio a tantas notícias ruins.

Desde a manhã de sexta, o abrigo de Barragem recebeu 89 pessoas e caminhões levaram seus pertences até lá. Ninguém perdeu nada, porque desta vez os avisos foram eficientes e conseguiram chegar antes que as chuvas afetassem as casas. Boa parte das 18 famílias que estão neste abrigo já sofreu com as enchentes em 2011, e eles optaram por ficar no mesmo lugar em que foram recebidos há dois anos atrás.

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