A casa invadida por cinco homens armados com revólver _ três deles encapuzados _, a família mantida refém por mais de quatro horas, amarrada e presa no banheiro. Pai, mãe, avó e dois filhos viveram momentos de terror na residência alugada há seis meses, em uma servidão do Bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha.

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Passava da 1h de ontem quando o grupo entrou por uma porta na sacada, no segundo andar. Após render a família, os bandidos passaram a revirar a casa.

– Pediam por ouro, cofre, grande quantia em dinheiro. A casa tinha sido indicada por alguém, pelo visto. Ameaçavam de morte o tempo todo – contou o homem, ontem, à reportagem da Hora.

Assaltantes tinham outro alvo

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Os bandidos queriam as posses do proprietário do imóvel, que atualmente mora longe dali, no Centro de Florianópolis. Na falta dele, os assaltantes levaram o que puderam da família.

– Lá dentro está tudo mexido. Ainda não sabemos o prejuízo total. Computador, joias, aparelho de DVD, um clarinete e um violino da minha filha e até um brinquedo do meu filho eles levaram. Minha filha pediu para a gente se mudar daqui – relatou.

Dois dos assaltantes ainda levaram o pai da família de refém até o Bairro Saco dos Limões, por volta de 3h30min. Duas horas depois voltaram à casa, prenderam o homem junto com os demais, no banheiro, e fugiram com o carro da família.

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– Eles me levaram até o Iguatemi e me obrigaram a fazer um saque no caixa eletrônico do posto. Mas nenhum cartão passou. Fiquei com medo de que fosse acontecer algo comigo, mas eles desistiram e me trouxeram de volta – relatou.

Carro da família foi deixado na Lagoa

Até a noite de ontem, nenhum dos assaltantes foi capturado, segundo informações da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital. Pelo menos o carro da família foi encontrado na descida do morro da Lagoa da Conceição. De acordo com relato das vítimas, os assaltantes têm entre 15 e 21 anos.

O delegado Marcus Vinícius Fraili, responsável pelo caso, ficou surpreso com a ação dos criminosos, depois de um fevereiro sem invasão à residência em Florianópolis, e promete ação rápida para inibir novos crimes.

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– Fazia tempo que não tinha (um caso semelhante). Eu quero prender os caras. Eles vão continuar fazendo os roubos se não forem presos – falou o delegado.