O filme Rendas no Ar, da diretora Sandra Alves, abre nesta sexta-feira o Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2013), no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina. O evento chega a sua 17ª edição como um das principais mostras de audiovisual produzido no Mercosul, além de abrir espaço para o debate de políticas de fomento e integração cultural na região.

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– Nessa trajetória de 17 anos, formamos público e consolidamos uma integração real entre entidades do audiovisual, setores governamentais e produtores de cultura de todo o continente – comemora Antônio Celso dos Santos, coordenador geral do FAM. A cerimônia de abertura será às 19h30min.

Logo depois, às 21h, será a hora de conferir a estreia do longa Rendas no Ar, totalmente filmado na Ilha de Anhatomirim e realizado com recursos do Edital Catarinense de Cinema 2009. Esta é a primeira edição que tem um filme catarinense exibido na abertura.

Além da diretora Sandra Alves, estarão presentes no Auditório Garapuvu os integrantes da equipe técnica que produziu o longa, parte do elenco, como os atores Renato Turnes, Rejane Arruda e Chico Caprario, a roteirista Vera Longo e a equipe da Usina da Alegria Planetária, produtora associada que assina a inovadora direção de arte do filme.

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– Estou muito orgulhosa de fazer a primeira aparição pública, a pré-estreia, de Rendas no Ar na noite de abertura do FAM, uma mostra que vi nascer lá no final dos anos 90 – revela a diretora. ?

Longa foi rodado na Fortaleza de Anhatomirim ?

Produzido pela Vagaluzes Filmes, de Florianópolis, Rendas no Ar se passa no final do século 19, na antiga Desterro. O filme trata da necessidade de liberdade inerente ao ser humano, em oposição a uma situação de clausura.

A personagem principal, Ana, cuja personalidade é marcadamente irreverente e indomável, se depara com a opressão causada pelo confinamento a que é submetida por um homem, que passa a ser seu tutor após a morte súbita de seus pais.

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Herdeira de vultoso patrimônio, ela é interditada e depauperada de seus direitos, em função de sua condição de jovem mulher rica, órfã e supostamente louca. Ana vive a sanidade através de sua poesia.

A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em Governador Celso Ramos, foi escolhida como locação para todo o filme. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombado em 1938, administrado pelo Projeto Fortalezas/UFSC, apoiador do filme, a ilha foi ocupada pela equipe de trabalho durante sete semanas de trabalho, cerca de 12 horas por dia.

O FAM ocorre até o dia 21 de junho na Universidade Federal de Santa Catarina, com entrada gratuita em todas as atividades. O festival traz a Florianópolismais de 80 filmes, entre produções brasileiras e latino-americanas.

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