Chega hoje, finalmente, à votação definitiva, o impeachment da presidente Dilma. Os milhões de brasileiros que acompanharam as intermináveis e repetitivas discussões torcem para que amanhã seja um novo dia, que o Brasil vire esta triste página de sua história. Ninguém tem mais dúvida de que a cassação será aprovada pelos senadores.
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O problema, contudo, está no day after. Os petistas e aliados, por isso, ocuparam o tempo precioso, vistos e ouvidos em cadeia nacional, para fazer sua pregação, insistindo na falácia do golpe. Faltou ao PT e à presidente uma explicação definitiva: a confissão, o mea-culpa. Em nenhum momento, defensores de Dilma confessaram as fraudes, as mentiras, os equívocos na economia, ou criticaram os correligionários e amigos envolvidos no maior escândalo de corrupção. O Brasil atravessa grave crise econômica – a culpa é das elites. É grave a crise política – a culpa é da oposição. É grande o rombo nas contas públicas – a culpa é dos bancos. O desemprego atinge 11,8 milhões de trabalhadores – a culpa é da crise mundial.Presidentes, tesoureiros e dirigentes do PT estão presos, foram condenados e são investigados por roubalheiras bilionárias, com outros do PMDB e do PP. Eles ignoraram e nada disseram.Muito ao contrário do que enfatizaram os defensores de Dilma, o impeachment vai engrandecer as instituições e fortalecer a democracia.
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