Finalizando o Campeonato Brasileiro e definidos os quatro rebaixados – Avaí, Chapecoense, CSA e Cruzeiro – fica a sensação no torcedor da Chapecoense de que não precisaria mais muito para ter permanecido na elite. Na verdade bastariam mais oito pontos. A Chapecoense terminou com 32 pontos e sete vitórias. O primeiro fora da zona de rebaixamento foi o Ceará, com 39 pontos e dez vitórias.
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Aliás essa foi a menor pontuação de um time que permaneceu pelo menos na última década. Em 2009 o Fluminense escapou com 46 pontos, em 2010 o Atlético-GO ficou com 42 pontos. Em 2011 o Cruzeiro fez 43, em 2012 a Portuguesa fez 45, em 2013 o Flamengo fez 45, em 2014 o Palmeiras fez 40, em 2015 o Figueirense fez 43, em 2016 o Vitória fez 45, em 2017 o Vitória fez 43 e, em 2018, o Vasco fez 43. Ou seja, a Chapecoense caiu num ano em que precisava de menos pontos.
Fica a lamentação de jogos em que estava ganhando e deixou a vitória escapar, principalmente na Arena Condá. Vencia o Goiás por 2 a 0 e deixou empatar, vencia o Atlético-MG por 2 a 1 e tomou a virada. Vencia o Athletico por 1 a 0 e deixou empatar. Vencia o Fluminense por 1 a 0 e deixou empatar. Vencia o Fortaleza por 1 a 0 e tomou a virada. São apenas alguns exemplos de pontos desperdiçados.
Em 2019 o clube catarinense fez sua pior participação em seis anos de Série A. Fez 32 pontos, contra 43 de 2014, 47 de 2015, 52 de 2016, 54 de 2017 e 44 de 2018. No ano passado o time quase caiu, escapando com uma vitória sobre o São Paulo, por 1 a 0, na última rodada.
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A estratégia de trocar de treinador durante a temporada, que tinha funcionado em anos anteriores, desta vez não deu certo. O time começou o Catarinense com Claudinei Oliveira e terminou com Ney Franco, que caiu no primeiro turno. O interino Emerson Cris comandou o time até a última rodada do turno. Assumiu Marquinhos Santos,que não conseguiu livrar o time do rebaixamento.
Marquinhos Santos citou os vários problemas que encontrou no clube, como um vestiário abatido, salários atrasados, falta de mais qualidade no elenco e turbulência na diretoria. Aliás, dos principais nomes da diretoria só sobrou o atual presidente, Paulo Magro, que era vice de administração de finanças. Os demais, incluindo o presidente, Plinio David De Nes Filho, e os demais, renunciaram.
O clube encerra o ano rebaixado e com dívidas, que podem chegar próximo R$ 30 milhões. Mas já contratou um técnico, Hemerson Maria.
O gerente de futebol, Michel Gazola Costa, disse que já tem definição de contratações e também dispensas. O desafio é adequar o time a sua nova realidade, de orçamento mais apertado.
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O goleiro João Ricardo é um dos que deve continuar.