As principais peças do futuro governo de Udo Döhler (PMDB) vão ganhar seu lugar no tabuleiro nos próximos dias. A divulgação oficial do secretariado deve ocorrer na próxima segunda-feira, com possibilidade de algum anúncio chave ser feito ainda nesta semana. Mas nos bastidores da política e no meio empresarial e econômico, já há sinais claros de quem Udo deve escalar para estar ao seu lado na Prefeitura de Joinville.

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O perfil técnico – desejo do próprio Udo – e a vontade de ter no governo pessoas vindas da iniciativa privada estão entre as características identificadas em 15 prováveis nomes do secretariado. Hoje se fala que o futuro prefeito tem pelo menos 75% do secretariado montado.

Nesta lista estão as principais secretarias e algumas autarquias. Algumas vagas podem ficar em aberto devido à reforma administrativa, chamada de “reforma de gestão” por Udo, que deve compactar estruturas. As 14 regionais, por exemplo, serão transformadas em oito subprefeituras, como Udo tem afirmado. Ippuj e Seplan, ainda sem nomes, também podem ser fundidas.

Mesmo que o prefeito eleito tenha se mantido indecifrável e despistado até mesmo sobre a participação da equipe de transição no colegiado, peças importantes já têm lugar garantido no tabuleiro, como Bráulio Barbosa na Chefia de Gabinete, Romualdo França na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e Tânia Eberhard na Secretaria de Assistência Social.

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Interlocutores explicam que, apesar de esses nomes serem considerados certos no futuro governo, Udo não quer anunciá-los para driblar a pressão política e poder compor um governo mais técnico e evitar pressões para a oferta de apoio político em troca de cargos.

Nesse contexto, nomes como os de Braúlio Barbosa, Romualdo França e Márcia Alacon, todos filiados ao PMDB, são os mais “políticos” do tabuleiro. A escolha dos vereadores eleitos Fábio Dalonso (PSDB) para a Secretaria da Habitação e de Sidney Sabel (PP) para a Secretaria Distrital de Pirabeiraba seriam as únicas concessões políticas feitas até agora. O tucano teria sido escolhido pelo perfil profissional.

A indicação do pepista é atribuída à experiência dele na pasta. Mas não há dúvidas de que as duas escolhas integram a estratégia para conquistar os apoios do PSDB e do PP e ter a maioria na Câmara.

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Na cota pessoal, há pelo menos sete nomes da iniciativa privada, boa parte deles com participação na Associação Empresarial de Joinville (Acij).

Entram na lista Marcos Krelling, que está na equipe de transição e pode ir para Administração ou Finanças; Nelson Possamai é cotado para a Águas de Joinville; Jalmei Duarte, que até ano passado presidiu a Acij Jovem, pode ir para o Desenvolvimento Econômico; Ely Diniz é considerado nome certo para a Fundação Cultural por ser conhecido na área pelo trabalho desenvolvido à frente do Festival de Dança; Fernando Krelling, empresário e suplente de vereador, é possibilidade para a Felej. Fugindo do perfil empresarial, ainda que atuando na iniciativa privada, estão o professor Roque Mattei (Educação) e o médico Armando Pereira (Saúde).

Colaboraram Jefferson Saavedra, Claudio Loetz e João Kamradt