Uma grávida de seis meses, moradora da Capital, precisou ser transferida na tarde deste domingo para Mafra, Norte de SC. A cidade era a única mais próxima de Florianópolis com vaga em UTI neonatal, por volta das 14h.

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A mulher que precisou de um parto prematuro foi transferida no helicóptero dos Bombeiros, o Arcanjo. Conforme os Bombeiros, todos os hospitais públicos de Florianópolis estavam sem vagas em UTI neonatal nesta tarde.

O secretário estadual de Saúde, Dalmo de Oliveira disse que desconhecia a falta total de vagas em UTIs neonatal na Capital. Ele reconheceu que as vagas estão reduzidas e colocou a responsabilidade na greve e nas novas tecnologias.

_Com a greve, diminuiu o número de leitos. Para regularizar a situação só quando acabar a greve. Não tem como inventar vagas. Não há leitos exclusivos para período de greve_disse Oliveira.

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O secretário admitiu que mesmo sem greve, esporadicamente há dificuldades de vagas.

_São vários motivos. Hoje a tecnologia permite que crianças de muito baixo peso sobrevivam e elas acabam ocupando leitos de UTI durante vários meses_observou.

Oliveira negou que o Estado não esteja preparado para atender a demanda.

_A demanda é irregular. Hoje toda a capacidade está em uso. Tem a questão também das fertilizações in vitro. Gêmeos e trigêmeos nascem com frequência com baixo peso e ajudam a ocupar leitos em UTI neo-natal_lembrou.

O secretário confirmou que o Estado contratou leitos em unidades particulares durante a greve, e sempre que necessário e quando existe disponibilidade de vagas nas unidades particulares.

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O SindSaúde não retornou as ligações da reportagem.