Um levantamento da Secretaria de Habitação de Itajaí, no Litoral Norte, indicou que o município não tem áreas para a construção de casas populares. A cidade tem um déficit habitacional de 8 mil moradias.

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A constatação levou o poder público a dispensar participação em dois programas habitacionais este ano: o Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal, e o Reação Habitação, da Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (Cohab). Ambos exigem os terrenos como contrapartida municipal.

O programa da Caixa prevê 24 mil habitações para Santa Catarina, pagas em 10 anos com prestações a partir de R$ 50. O Reação Habitação, fomentado pelo Estado, disponibilizaria 165 residências para Itajaí.

Por conta da enchente, além da falta de recursos com a queda na arrecadação municipal, o secretário da Habitação, Wagner Lúcio de Souza, aponta que a dificuldade para a aquisição de terrenos é a exigência de que estejam fora de área de risco.

– Como quase toda a cidade foi inundada, não encontramos locais para construir casas populares. Além disso, precisamos do interesse de construtoras, porque o valor estipulado das construções é mais baixo – explica.

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O secretário informou que vai encaminhar ao Estado um pedido de auxílio financeiro para comprar seis novos terrenos, para complexos de habitação em Itajaí.

Cinco programas de habitação popular iniciados na gestão passada foram retomados pela secretaria, mas a previsão para a conclusão da maior parte das 921 unidades se estende até dezembro de 2010.

Algumas obras não têm previsão de término. Das famílias carentes cadastradas junto à Secretaria da Habitação, 500 tiveram as casas parcialmente destruídas pela cheia de novembro e cerca de 50 perderam a residência.