Às vezes a necessidade aperta e não tem jeito: o banheiro mais próximo é a salvação. Para quem usa o transporte coletivo a chegada a um dos seis terminais de ônibus pode ser o alívio esperado parada a parada – ou o início de uma experiência desagradável.
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O Santa foi aos seis terminais na semana passada para conferir a situação de cada um. A dona de casa Julia dos Santos, 50 anos, usuária do terminal do Garcia, reclama:
– É péssimo no geral. É muito sujo, não tem papel (higiênico)… Querendo ou não a gente paga (pelo serviço) e tem direito a uma coisa melhor.
A situação se repete em outros locais. No terminal da Fortaleza a operadora de caixa Luciana Alves, 22, reclama da falta de papel higiênico e da situação das pias, que estão sempre molhadas. Já na Proeb, um dos terminais mais movimentados da cidade, a situação piora: o cheiro nos banheiros masculino e feminino é ruim e forte, e a estrutura está mal conservada.
– É horrível. Falta tranca nas portas, tudo pichado, sujo, e o pior é que fica assim porque o povo não cuida. Será que fazem isso em casa? – questiona a aposentada Maria Merlo, 79 anos, usuária do terminal da Rua 7 de Setembro.
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Para Luiz André o descaso também fica evidente na Proeb:
– É a primeira vez que vejo este banheiro limpo, porque sempre está fedendo e sujo. Às vezes tem de andar na ponta dos pés por causa da água no chão. Mas não deve ser vazamento. É que, por ser público, alguns acham que é para fazer bagunça.
Na Fonte e no Aterro, usuários percebem melhorias
Mas nem todos reclamam. No terminal da Fonte o vendedor ambulante Vanderlei Silva Nunes, 28, afirma que sempre usa o banheiro e que não tem reclamações porque o local está sempre limpinho. A cozinheira Ilda Pereira também diz que a conservação dos sanitários do Aterro tem melhorado:
– Já foi muito pior. Podiam trocar a louça, melhorar um pouco, mas a limpeza está melhor. Antes tinha muito cheiro de xixi.