O acidente registrado na terça-feira de Carnaval no sul da Ilha de Santa Catarina vem se somar a dezenas de ocorrências semelhantes causadas por embriaguez no volante em todo o Estado. Em Florianópolis, foram três casos com características idênticas. Não teriam acontecido, segundo as autoridades policiais, se os motoristas não estivessem alcoolizados. No caso de terça-feira, uma morte e dois feridos, gente simples, com agravante de “omissão de socorro” pelo atropelante, o empresário Raulino Brüning Filho.
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A prisão preventiva decretada pelo juiz Emerson Fellere Bertemes representa um sinal à população de que estas tragédias não se repitam com tanta frequência. Na origem, infelizmente, estão a falta de educação e de conscientização dos motoristas. Mais do que isso, a convicção de todos sobre a impunidade.
O desafio de transitar não está no seu controle absoluto, mas nos demais usuários das vias públicas.
A lei brasileira do trânsito é uma vergonha se comparada com a de outros países. Aqui, motorista embriagado paga fiança e sai dirigindo o carro assassino. Lá fora, é preso em flagrante, o carro apreendido, o motorista responsabilizado criminalmente e, na maioria dos casos, cumpre pena na cadeia.
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Com este Congresso Nacional, comprometido até o pescoço com a roubalheira e o escândalo da Petrobras, sem atentar para os maiores problemas dos brasileiros, realmente não se pode ter muita esperança.
A lei é frágil e nossos parlamentares nada fazem para mudá-la.