Além do pouco efetivo, o delegado de Porto Belo, Gilberto Cervi, também indica outra condição que facilita ações como a do fim de semana em Bombinhas: a demora do Departamento de Administração Prisional (Deap) em transferir presos de delegacias para presídios.
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Segundo Cervi, na sexta-feira, quando os homens foram presos em flagrante com maconha, dois e-mails foram encaminhados ao Deap solicitando vagas em presídios na região. O relatório de leitura das mensagens, conforme o delegado, chegou apenas segunda-feira de manhã.
– Sei que o Deap tem muita coisa pra fazer e esse é um problema estrutural, mas depois que é feito o auto de prisão, o preso é da Justiça. Só que não tenho onde entregar sem autorização ou vaga concedida pelo Deap – desabafa.
Em contato com a reportagem do Sol Diário, o Deap informou que tenta agilizar o mais rápido possível a retirada dos presos das delegacias, chegando a tirar 50 presos por semana em todo o Estado.
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Além disso, destacou que assim que ocorre a comunicação começa a busca imediata por vagas em unidades prisionais do município ou da região. O objetivo é nunca descumprir a lei, que determina que o preso fique na delegacia apenas enquanto o auto não é lavrado.
O departamento destacou ainda que não esconde o problema da superlotação no sistema carcerário e que trabalha para diminuí-lo. Dentro de 120 a 180 dias serão abertas 200 vagas na Penitenciária Sul, em Criciúma, 100 na Penitenciária de Joinville e 324 no Complexo da Canhanduba, em Itajaí.