A falta de vacinas contra a Covid-19 em Florianópolis motivou a cobrança da prefeitura à Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em um ofício enviado na quinta-feira (1º), o governo municipal informou que a estimativa usada para distribuir as remessas está defasada e que é necessário um acréscimo de 20% a mais de vacinas para que todas as faixas etárias sejam imunizadas.

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No texto assinado pelo secretário municipal de Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, a prefeitura diz que vacinou 4.804 mil idosos com mais de 67 anos a mais do que o número estimado para a faixa etária pelo IBGE. Até o momento, Florianópolis já vacinou 70.486 pessoas com a primeira dose e 21.612 com a segunda.

A vacinação na Capital foi interrompida nesta sexta-feira (2) pela falta de doses da vacina. Mesmo com a chegada de 309 mil imunizantes a Santa Catarina na quinta-feira (1º), a remessa ainda não foi encaminhada aos municípios. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), o envio deve acontecer no sábado (3).

Menos doses

A prefeitura solicitou também que seja feita uma queixa técnica à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O motivo é que um dos lotes da CoronaVac encaminhados ao município veio com menos doses no frasco do que o previsto.

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Em março, a Anvisa aprovou a mudança do volume do frasco da vacina CoronaVac. O item usado até a data tinha capacidade para 6,2 mililitros (ml) de líquido. Com a alteração, o novo recipiente passou a ter 5,7 ml. O pedido foi feito pelo Instituto Butantan para evitar desperdícios.

Mesmo com a modificação, cada frasco da vacina deve conter 10 doses. Segundo a prefeitura de Florianópolis, um dos lotes do imunizante veio com volume inferior, rendendo um número menor de aplicações, que em alguns casos foi suficiente para vacinar oito pessoas.

O que diz o Estado

Segundo a Dive, o Estado leva em consideração a população de 90 anos ou mais informada pelos munícipios e, para pessoas com 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, 70 a 74 anos, 75 a 79 anos, 80 ou mais considera as estimativas preliminares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/CGIAE, de 2020.

Ainda segundo a Dive, o documento da prefeitura de Florianópolis já chegou ao conhecimento da Secretaria de Estado da Saúde e será analisado para que seja dado um retorno ao município. Em casos de possíveis problemas com as doses, a orientação é que a vigilância sanitária municipal notifique no NOTIVISA, sistema desenvolvido pela Anvisa sobre questões relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária. 

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