O motorista que saiu cedo de casa precisou de muita paciência na manhã desta terça-feira, em Florianópolis. O já caótico trânsito da Capital estava ainda mais complicado e muita gente chegou atrasada no trabalho. A culpada é uma velha conhecida: a falta de sincronia dos semáforos. Para se ter uma ideia, por volta das 9h15min, na Avenida Beira-mar Norte, a fila começava na altura do CIC e seguia até a Ponte Hercílio Luz, segundo a Guarda Municipal. No mesmo momento, a região da Grande Florianópolis registrava 18 quilômetros de lentidão, segundo o monitoramento em tempo real do MapLink.
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E é justamente na Guarda Municipal que se concentra a maior parte das reclamações dos motoristas. Entre os agentes, o clima é de consternação desde que o contrato emergencial com a empresa que fazia a manutenção do sinais terminou, no final de junho.
— Tem atrapalhado e muito. A falta de sincronia é a única culpada dessa situação. A gente não tem muito o que fazer, não depende da gente — diz um agente da Guarda, que preferiu não se identificar.
Em meio ao caos, a boa notícia é que a prefeitura de Florianópolis lançou, na semana passada, um edital para a compra de equipamentos para fazer a gestão e manutenção dos semáforos. A expectativa é que o resultado seja conhecido em até 45 dias, caso o processo não seja judicializado.
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A ideia é que a própria prefeitura passe a fazer controle remoto do sistema, como já era realizado até o fim de junho, por uma empresa terceirizada. Serão compradas câmeras, que ajudarão no controle do fluxo e na abertura ou fechamento do sinal, conforme a necessidade. A prefeitura espera que o sistema já esteja em funcionamento antes da temporada de verão, quando o trânsito fica ainda mais lento na cidade.
Há duas semanas, o secretário do Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Nelson Gomes Junior, confirmou à rádio CBN Diário que o sistema terá um controle adaptativo em tempo real, o que significa que a temporização dos sinais não será mais fixa. Ele disse ainda que o sistema será instalado apenas nas 30 sinaleiras mais importantes da cidade, que concentram a maior parte do fluxo.
— O problema é crônico, mas temos a esperança de que ele seja solucionado com esse sistema — afirmou.
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