A crise atinge a Guarda Municipal de Florianópolis. Devido à falta de recursos, a corporação vai limitar entre 7h e 17h a sua atuação nos finais de semana.
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A redução preocupa moradores e empresários do centro da cidade que utilizam o programa Guardião, sistema no qual o cidadão denúncia, via Whatsapp, uma situação suspeita de crime. O biólogo e empresário Emerílson Emerin reclama:
— Os crimes acontecem mais à noite. Como ficamos se a GM atua até às 17h?
A secretária de segurança de Florianópolis, Maryanne Mattos, disse ao programa Direto da Redação, da Rádio CBN Diário, que a restrição acontece pela crise financeira na prefeitura e que a o sistema deve voltar em breve ao normal, provavelmente depois do verão.
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Conforme Maryanne, o programa começou no Centro da cidade e teve boa adesão da comunidade, sendo ampliado para os bairros Estreito e Coqueiros. A secretária descreve o programa como ferramenta rápida e dinâmica, que a segurança pública está utilizando bem. Confira trechos da entrevista ao apresentador Renato Igor abaixo.
Renato Igor: confere essa informação, secretária?
Na verdade, a gente vai continuar atendendo o Projeto Guardião no horário ordinário da Guarda Municipal, de segunda a sexta das 6h até as 3h e no final de semana, que nosso horário de plantão, até às 17h. Na questão da dificuldade que a prefeitura vem enfrentando, questão de limite prudencial, horas extras, agora a gente tem que fazer todo planejamento para a temporada de verão, nos finais de semana teve essa redução para ser atendido no horário ordinário da Guarda Municipal. Então até na parte da manhã, que tem comércio aberto, essa questão do comércio aberto até mais tarde, no Natal a gente vai dar atenção.
Então é mais uma questão de planejamento. Até porque vamos ter que deslocar pessoal para os balneários para a Operação Verão. Mas não vamos deixar de ter o contato, de trabalhar em parceria com a Polícia Militar que tem o Vizinho Solidário nessa região. A gente participa das reuniões do Conseg no centro, e esse contato vai continuar. Ontem inclusive eu expliquei nos grupos que não vai acabar o projeto, que começou piloto e teve uma aderência muito grande da população, não só de comércio e escolas, mas outras instituições que querem ter um contato direto com os órgãos de segurança, mas depois a gente retoma. Melhorando essa questão financeira e depois da temporada de verão a gente vai poder normalizar.
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Renato Igor: Há um temor de empresários que a parte da noite fique desguarnecida e que haja um aumento da criminalidade.
Eu não acredito nisso porque, nesse período, tanto a Guarda como a Polícia Militar também atuam nessa região central, têm o contato das pessoas e estão participando junto com a comunidade. Eles tem levantamento, estatísticas, os pontos onde têm mais arrombamentos para planejar ação. É sempre feito integrado, eles não vão deixar de ter a segurança pública nesses horários, até porque a Polícia Militar atua 24 horas. Quem sabe aumentando o efetivo da Guarda, é um desejo do prefeito, quando melhorar essa situação financeira. Mas hoje a gente tem que trabalhar de acordo com as condições que a gente tem.
Ouça a entrevista