A falta de policiamento nas ruas da Praia Brava, em Itajaí, é a reclamação mais frequente entre os moradores, que estão assustados com os recentes assaltos e furtos ocorrido na região. Há quem aposte que uma das soluções seja a instalação de um posto da Polícia Militar no bairro para diminuir a insegurança da comunidade.
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A empresária Andressa Custódio tem imóvel na Brava há 23 anos e teve o comércio arrombado há pouco mais de uma semana. Os bandidos levaram todo o estoque da loja, seis máquinas de costura e dois computadores.
Andressa, que ainda contabiliza os estragos, estima um prejuízo de R$ 30 mil e acredita que foram levadas cerca de 1,5 mil peças, entre biquínis, saídas de praia e fitness.
– Até uma foto que eu tinha de uma visita da Sheron Stone eles levaram, parece que para debochar – afirma.
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A comerciante não sabe explicar o motivo do furto, porque, segundo ela, a loja trabalha com atacado e tem uma fachada simples, que não chamaria a atenção dos criminosos. Para Andressa, a situação do bairro é precária em relação a iluminação das ruas e à segurança.
– Acho que nunca teve segurança aqui, o que piorou foi a marginalidade. O ideal seria a instalação de câmeras, iluminação nas ruas e rondas mais frequentes – avalia.
Após o arrombamento, a empresária está reforçando a segurança da loja para evitar outros furtos, colocando câmeras, cerca elétrica e alarme.
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Outra comerciante do bairro, que não quis se identificar por medo de represálias, diz que a polícia só aparece quando acontece alguma coisa mais grave.
– Depois da temporada os policiais somem. Nos finais de semana os carros ficam com som alto e ninguém fiscaliza – reclama.
A mulher diz que já teve o estabelecimento assaltado e que foi atrás do bandido para recuperar o dinheiro.
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– Eu sei que minha atitude não foi certa, mas fui seguindo ele e descobri onde estava escondido. Chamei a polícia e mesmo assim só vieram depois de uma meia hora.
A empresária, que reside há cerca de 23 anos no local, explica que nos últimos cinco anos a situação começou a piorar e que nem leva mais os cachorros para passear por medo de sair na rua.
– A polícia só vem quando tem uma emergência. A gente anda com muito medo, porque eles se vingam mesmo, não respeitam ninguém. Mas o pior não é ser assaltado, é morrer, porque os bandidos não tem mais limite – declara.
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Demora
Outra comerciante da Praia Brava, que também não se identificou, defende que é necessário um posto policial no bairro para controlar a criminalidade.
– Esse ano teve menos policiamento que no outro, ao invés de aumentar diminuiu. A polícia demora muito para chegar, cerca de 30 a 40 minutos, quando não é mais. E ainda quando a gente liga no 190 cai em Balneário Camboriú – ressalta.
Com a insegurança aumentando, os empresários optam por instalar câmeras de monitoramento e alarmes em seus estabelecimentos, como é o caso do comerciante Norivaldo Alves Perezin Junior. Segundo ele, seu comércio é um dos poucos da rua Carlos Drummond de Andrade que ainda não foi roubado.
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– Meu irmão foi assaltado quando chegava em casa e escapou por sorte. Meu pai teve que gastar com portão elétrico e câmeras. Falta policiamento. À noite tem muita gente parada à beira-mar, postes sem luz, não tem como caminhar. Eu não vou arriscar levar minha família. Disseram que iam fazer um posto policial, mas ficou na promessa – argumenta.