As temidas ondas de Teahupoo ainda não chegaram e, com isso, o início do Billabong Pro previsto para esta quarta foi adiado à espera de melhores condições. Ainda sem Raoni Monteiro, que ficou no Brasil se recuperando de uma lesão no joelho direito, o Brasil conta com sete representantes no Tahiti para a disputa da terceira etapa do World Championchip Tour (WCT): Adriano de Souza Mineirinho, Paulo Moura, Marcelo Nunes, Victor Ribas, Peterson Rosa, Pedro Henrique e Yuri Sodré.
Continua depois da publicidade
O pernambucano Paulo Moura, brasileiro mais bem colocado na segunda etapa, em Bells Beach, terá pela frente uma parada duríssima na primeira fase, mas, mesmo assim, está confiante. Antes de ir para o Tahiti, o atleta passou uma semana em Bali, treinando juntamente com Victor Ribas e Pedro Henrique. Em sua primeira bateria, o brasileiro terá pela frente o heptacampeão mundial Kelly Slater, ganhador das duas primeiras etapas da temporada, e o tahitano Heiarii Willians, vencedor das triagens e profundo conhecedor das ondas locais. O primeiro colocado avança diretamente para a terceira fase, enquanto os outros têm uma segunda chance na repescagem.
– Os últimos dias foram bem legais, muito surfe, mas nem um dia ondas de grandes ondas. Minha primeira bateria vai ser muito boa, com grandes surfistas. Estou muito bem preparado e vou focar em fazer o meu melhor. Se meu objetivo é ganhar aqui, não posso escolher adversários – disse Moura.
Victor Ribas, que vem de um 17º lugar na segunda etapa, chegou a Teahupoo cinco dias antes da competição, mas não pôde treinar como gostaria. Em sua primeira onda em Teahupoo, ele sofreu uma queda, quebrou a prancha e ainda bateu com força nos corais, machucando o braço e a coxa. Porém, nada de grave aconteceu e dois dias depois ele já estava na água.
Ribas, até hoje o brasileiro com a melhor colocação final no WCT (terceiro, em 1999), enfrentará em sua estréia o havaiano Pancho Sullivan e o australiano Michael Lowe e está confiante.
Continua depois da publicidade
– A bateria está boa. Os dois surfam bem, mas sou mais eu. Eles são surfistas que disputam muito as ondas, brigando pelo melhor posicionamento no mar. Por isso, não posso dar mole. Terei de ser guerreiro.
O carioca Pedro Henrique é estreante no WCT, mas já conhece as ondas de Teahupoo. Ano passado ele ficou em nono nas disputadas triagens para o Billabong Pro, que contam com mais de 90 participantes.
– Gosto muito de Teahupoo e costumo me dar bem. Espero conseguir vencer minha primeira bateria no WCT – disse o surfista, que será o primeiro brasileiro a entrar na água, na quarta bateria da primeira fase.