O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou hoje que a empresa chinesa Foxxconn adiou de julho para setembro o início de suas atividades no Brasil. Segundo Mercadante, problemas com o recrutamento de engenheiros e com obras viárias em Jundiaí (SP) acabaram atrasando o cronograma de instalação de uma fábrica da empresa no país.
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A chegada da Foxxconn ao Brasil foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante sua viagem à China, em abril. A unidade da empresa deve produzir telas para celulares de terceira geração e para os chamados tablets (computadores em forma de prancheta).
Mercadante disse que a Foxxconn teve dificuldades no processo de seleção de engenheiros que trabalharão na sua fábrica. A empresa já contratou 175 profissionais e os enviou para um treinamento na China. Porém, ainda precisa contratar mais 200.
– Eles se atrasaram em selecionar. Nós temos um problema de escassez de mão de obra em algumas áreas – declarou.
Segundo Mercadante, uma alça de acesso à área da fábrica da empresa também não ficou pronta. Esta alça será importante para o escoamento da produção da Foxxconn. Com o atraso nas obras, ficaria inviável o início da produção da empresa no país.
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Mercadante ressaltou, entretanto, que a Foxxconn é apenas uma das empresas que pretende produzir tablets no Brasil. Segundo ele, oito empresas já têm planos de produzir os equipamentos no país, já contando com o incentivo fiscal anunciado pelo governo federal em maio.
O ministro disse que os incentivos reduzem em 31% a carga tributária dos tablets vendidos no país. Para obter a isenção, os produtos devem ter, no mínimo, 20% de seus componentes produzidos no Brasil.