Cerca de 98% dos postos de Joinville ficaram sem gasolina entre a noite de segunda-feira (31) e a manhã desta terça-feira (1°). A informação foi confirmada à reportagem da NSC TV em entrevista com Luiz Antonio Amin, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro).
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O desabastecimento acontece por causa de bloqueios em rodovias federais que têm impedido que caminhões que trazem combustíveis cheguem às distribuidoras.
Conforme Amin, nesta manhã, veículos que saíram da base de Guaramirim conseguiram passar pela BR-101 e BR-280, e algumas bombas já estão sendo reabastecidas na cidade. No entanto, segundo o Sindipetro, dos 103 postos que há na cidade, 80% deles ainda estão sem gasolina.
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O sindicato negocia com os trabalhadores para que a distribuidora de Guaramirim funcione na quarta-feira (2), feriado de Dia de Finados, para que todos os postos da região possam restabelecer o abastecimento. A expectativa é de que tudo seja normalizado até, no máximo, sexta-feira, 4 de novembro.
O presidente do Sindipetro ainda garante que os caminhões não precisarão de escolta.
Outros serviços afetados
Os bloqueios também causaram prejuízo em alguns serviços de Joinville, como o atendimento na saúde que precisou ser remanejado em algumas unidades e na educação, onde houve suspensão de aulas em algumas
Na rodoviária da cidade e no posto Rudnick, ônibus não conseguem sair e isso afeta passageiros, entre eles crianças que idosos, que estão desde a noite domingo (30) sem alimentar-se corretamente e sem acesso a questões básicas de saúde e higiene.
A interdição antidemocrática é causada por protestos de manifestantes insatisfeitos com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Jair Bolsonaro (PL) com 50,90% dos votos.
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Um vídeo enviado à reportagem do AN mostra a confusão entre apoiadores de Bolsonaro que não aceitaram o resultado das urnas e fecharam pontos em rodovias federais e pessoas prejudicadas pelos bloqueios.
Justiça determina liberação das rodovias
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou, já na noite de segunda-feira, que a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para liberar vias bloqueadas.
O ministro também determinou para o diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem, multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo.
Moraes atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral.
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Os bloqueios acontecem em todo país. Segundo a PRF, até a noite de segunda, foram identificados 236 pontos interditados ou aglomerações em vias de 20 estados e do Distrito Federal.
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