As polícias afirmam que a falta de efetivo é a principal razão para a não realização de blitze com enfoque na Lei Seca no Estado.

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Além de 75% dos municípios catarinenses não contarem com bafômetros, a inexistência da fiscalização figura como um dos problemas levantados em um estudo estadual sobre a combinação álcool e direção, do Fórum Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, da Assembleia Legislativa.

As barreiras específicas para medir a dosagem de álcool no sangue dos motoristas são consideradas raras em Santa Catarina, conforme o documento elaborado. Geralmente, elas são deflagradas num conjunto de ações para identificar e prender suspeitos, foragidos da Justiça, ou para localizar armas.

O chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, inspetor Luiz Graziano, considera que a quantidade de policiais disponíveis é insuficiente, mas que mesmo assim a corporação tem obtido resultados expressivos na fiscalização de embriagados ao volante.

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Desde janeiro, 321 prisões e 455 multas foram efetuadas nas rodovias federais que cortam o Estado.

– Precisamos fazer mais fiscalização, seria o ideal. Só que temos a dificuldade do efetivo. Hoje, leva-se até três horas no processo entre conduzir o preso e fazer o trâmite administrativo na delegacia em casos de embriaguez. E neste tempo há uma série de outras ocorrências para atender também – ressalta o inspetor.

A PRF conta com 500 policiais em SC, quando o necessário seria no mínimo o dobro da quantidade, de acordo com o inspetor. Há previsão de abertura de concurso ainda este ano. Até a efetivação ao trabalho, o aprovado precisa ainda passar pela academia, que dura três meses.

Na Polícia Militar, o comandante da PM em SC, coronel Nazareno Marcineiro, estava em Brasília na segunda-feira e disse por meio de sua assessoria de imprensa que as blitze não são feitas frequentemente pela necessidade de atender outras ocorrências. De acordo com o comandante, cabe aos comandantes regionais e locais verificarem essa necessidade.

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Os deputados estaduais responsáveis pelo estudo prometem cobrar dos municípios e autoridades estaduais maior rigor no combate à embriaguez, além de investimentos necessários.

Uma das carências constatadas é a pouca quantidade de bafômetros existentes: são 131 concentrados em 73 municípios e 100 disponíveis com as polícias nas rodovias federais e estaduais.

Três lugares para fiscalização nas madrugadas em Florianópolis

Lagoa da Conceição, Avenida Beira-Mar Norte e Norte da Ilha. O DC apurou que esses serão os três possíveis pontos que a prefeitura de Florianópolis irá concentrar as prometidas blitze de Lei Seca, na Capital, a partir de abril.

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Conforme o DC mostrou na edição de segunda-feira, o prefeito Cesar Souza Junior determinou que a fiscalização seja intensificada a partir da compra de mais seis bafômetros.

As operações contarão com guardas municipais de trânsito, policiais e agentes de trânsito, mas os detalhes das ações ainda estão sendo planejados.

Com isso e mais os controladores de velocidade, a prefeitura espera decretar uma nova fase em relação à fiscalização e conscientização dos motoristas. Até segunda-feira, 26 radares haviam sido reinstalados em cruzamentos movimentados – a primeira etapa prevê nove pontos. Nesta terça-feira, serão decididos os lugares da segunda etapa.

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Até a semana que vem, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) fará pedido de aferição dos equipamentos ao Inmetro, que é necessário para que comecem a operar.

O controle de velocidade nas ruas de Florianópolis está suspenso há cerca de dois anos, depois que a Justiça determinou a retirada dos aparelhos e nova licitação.

A concorrência foi marcada por longas batalha judicial, que se encerrou em dezembro do ano passado, quando a empresa Kopp Tecnologia foi considerada a vitoriosa.

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* Colaborou Roberta Kremer