A falta de combustível atinge 86,10% dos municípios de Santa Catarina. A Defesa Civil contabiliza 254 cidades com dificuldades. Em Florianópolis, apenas um posto, na região continental, tinha gasolina neste sábado. Motoristas chegaram a aguardar mais de quatro horas na fila para abastecer.

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– Não adianta criar embate com os manifestantes para distribuir combustível para a população de maneira completa. O nível de problema vai chegar também na casa dos simpatizantes do protesto. Nesse momento, é que a chave muda, e gente entende que a manifestação tende a perder intensidade. Se tivermos que empregar outras forças, será primeiro com diálogo, depois com uma estratégia de abastecimento, e se for necessário, o uso de força. A linha do Estado é manter a ordem sem gerar o caos – afirmou o secretário da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, em entrevista ao Notícia na Manhã deste sábado.

A Defesa Civil aposta no diálogo com os caminhoneiros em greve e na retomada gradual dos serviços na próxima semana, a partir do momento em que os manifestantes conseguem passar a mensagem que desejam. O governo não vê necessidade de recorrer às forças armadas.

– Temos neste sábado 68 pontos de bloqueios parciais, nenhuma situação de bloqueio total A trafegabilidade só está restrita aos veículos de carga. Durante a sexta-feira houve ações estratégicas de diálogo com os movimentos e comboios em várias partes do Estado para prover bens e serviços essenciais. Não temos nenhum registro de distúrbio, além da mobilização, que é ordeira. O movimento em Santa Catarina é pacífico. Temos que deixar que os manifestantes consigam passar sua mensagem, seus pleitos. A partir daí, podemos tomar medidas mais drásticas para garantir serviços mínimos à população catarinense.

Ouça a entrevista com Rodrigo Moratelli

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