A falta de água já começou a atingir as agroindústrias da região Oeste de Santa Catarina. Em Concórdia, a BRF começou a buscar água no lago de Itá, na localidade de Rancho Grande, desde quinta-feira (12).
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São 35 caminhões com capacidade de 35 a 39 mil litros cada, que trabalham das 6h às 20h. Cada viagem de ida e volta leva cerca de uma hora. A BRF teve autorização da Prefeitura para passar pelo centro da cidade com as cargas.
A indústria abate 280 mil frangos e quatro mil suínos por dia e emprega 5,6 mil funcionários.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Gilberto Chaves, o município já levou 150 mil litros de água para consumo humano e 270 mil para outros usos, desde o dia 26 de agosto, para famílias do interior.
Na área urbana, apesar da redução da vazão dos rios Suruvi e Jacutinga, o abastecimento ainda é normal.
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Em Seara a JBS também deve começar a puxar água nos próximo dias, segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Carlos Paludo. Ele afirmou que 20 propriedades rurais e um abatedouro de suínos já estão recebendo auxílio no transporte de água. São 72 mil litros por dia para consumo humano e do frigorífico e 180 mil litros por dia para consumo animal.
– Por enquanto a gente está dando conta mas se não chover a situação vai ficar complicada – disse Paludo.
A maioria dos municípios do Oeste já está transportando água para algumas propriedades do interior. Em Chapecó são 28 famílias atendidas.
Em São Miguel do Oeste são 20 famílias que recebem 120 mil litros de água por dia. O prefeito Wilson Trevisan, que também é presidente da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc), informou que na segunda-feira haverá uma reunião na sede da associação, às 16h, para tratar sobre os problemas da estiagem.
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– Em São Miguel do Oeste choveu 116 milímetros nos últimos três meses, menos do que a média de um mês, que é de 130 a 140 milímetros – disse o prefeito.