Os moradores da rua Amanda Tribess ficaram sem água de sexta a domingo da última semana. O que poderia ter sido uma exceção, resultado de alguma falha eventual no abastecimento, na verdade é um problema que se tornou rotina.
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– A gente já está se acostumando, porque toda semana falta – conta Maria Rosa Sapelli.
Na melhor das situações, o fornecimento ocorre regularmente por no máximo 20 dias.
– Mas isso é um milagre – ressalta a moradora.
Segundo Valetim, marido de Maria, o problema, que teria iniciado há dois anos, se dá por falta de estrutura. O casal mora em um morro e perto dali há três reservatórios de 10 mil litros cada, responsáveis pelo abastecimento de toda a comunidade. Ele afirma que as caixas foram instaladas nos anos 1990 para abastecer duas ruas. Hoje, são várias.
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Vizinha do casal, Idelar da Silva acha que a rede deveria chegar até ali. Quando qualquer manutenção é feita em áreas da subida do morro, e o fornecimento tem de ser interrompido, ela já sabe que terá dias sem água pela frente:
– Aumenta a taxa, mas não tem água. Às vezes, a gente só paga vento.
E agora?
O Samae afirmou que está em fase de desenvolvimento um projeto para a instalação de um reservatório com capacidade para três milhões de litros de água que atenderá toda a região da Fortaleza. Será feito com recursos do PAC a partir do segundo semestre de 2015, e ficará entre as ruas Hermann Tribess e Francisco Vahldieck. Por enquanto, como medida temporária, o Samae estuda a colocação de mais uma caixa no alto do morro. E sugere aos moradores que também instalem caixas em casa para garantir alguma reserva de água.