Em algumas regiões de Joinville, problemas no abastecimento de água ou luz têm tirado o sono neste começo de ano. Moradores do Parque Guarani, na zona Sul de Joinville, já se acostumaram com uma coincidência infeliz: quando termina o período de aulas nas escolas, a falta de água se intensifica.
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– Moro há 15 anos aqui e sempre houve falta de água. Todo mundo aqui tem caixa-d?água sobre a casa e outra no quintal, de reserva – diz Cristiane Galdino, que mora na rua Paula Maierle Wulf.
A rua é conhecida pelos protestos de moradores a cada verão. O local é tão problemático que a Companhia Águas de Joinville instalou uma bomba para puxar a água e enviá-la morro acima. O problema é a intermitência: uma parte do dia tem água, outra não.
– A gente acorda cedo para fazer as atividades que precisam de água. Senão, já pode esquecer, que não vai ter mais água. E se gastar toda a da caixa, corre o risco de ficar sem dois, três dias seguidos – diz Monalise Richter.
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A família tem uma caixa de 500 litros na frente de casa. No vizinho, são quatro caixas.
Embora outros pontos considerados de fim de rede também tenham problemas, o Parque Guarani é um dos locais mais problemáticos quando o assunto é o abastecimento de água. Fredolino Paulino, de 71 anos, que mora há duas décadas no bairro, sabe bem disso. Ele ajuda a cuidar da “preciosa bomba” que ajuda no abastecimento dos pontos mais altos. Mas, segundo ele, a comunidade precisa de uma solução definitiva.
– A gente sofre, né? Eu tenho minha esposa doente em casa. Aí, em dias sem água, fica mais complicado ainda – diz Fredolino, mostrando a bomba.
Na zona Norte, onde a água não falta se não houver alguma situação de emergência, o problema tem sido a falta de energia elétrica. O começo do ano trouxe uma série de interrupções para moradores dos bairros Glória, Santo Antônio, Bom Retiro e Costa e Silva.
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– A gente tem enfrentado a falta de luz nos fins de tarde e no começo da noite, coisa que nunca acontecia. Fica uma, duas, às vezes três horas sem luz, pelo menos uma vez a cada dez dias – diz Sueli Onório Freitas, moradora do bairro Glória.
Num dos hotéis da rua 15 de Novembro, na principal entrada da cidade, os funcionários também se acostumaram a ficar sem energia pelo menos uma vez por semana. A falta de energia, mais do que o incômodo, também pode deixar prejuízos para estabelecimentos comerciais que vendem alimentos perecíveis.
A Celesc atende a mais de 290 mil unidades consumidoras – casas, estabelecimentos comerciais ou indústrias -, e o pico de emergência ocorre quando 62 mil unidades ou mais ficam sem energia. É possível acompanhar em tempo real o número de unidades que ficam sem luz pelo site da empresa.
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