Somente o necessário na limpeza, nada de atividades extras que precisam de água e muito menos momentos de pintura que precisam que pincéis e outros itens sejam lavados. O dia a dia em creches e escolas da Grande Florianópolis está precisando de algumas adaptações nas últimas semanas por conta da estiagem que causa desabastecimentos pontuais na rede de água.
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Uma das regiões mais afetadas da Capital é no Continente, nos pontos altos de bairros como Jardim Atlântico e Monte Cristo. Foi nessa localização que somente nesta sexta-feira de manhã a Casan precisou abastecer com caminhão-pipa duas creches e uma escola. As unidades ficavam em partes mais altas e, segundo a companhia, ficaram ao longo do dia sem água, com previsão de normalização na pressão da rede somente durante a noite.
Diretora da creche Paulo Michels, no Jardim Atlântico, Rosana Reus conta que a unidade conseguiu ao longo das últimas semanas economizar água e controlar o que fica armazenado em três caixas, contornando a situação mesmo quando não há água na rede. No entanto, pela primeira vez desde o início da estiagem, nesta sexta-feira a equipe da creche encontrou torneiras secas às 7h. Isso fez com que as primeiras famílias que trouxeram os filhos logo cedo precisassem voltar para casa. A diretoria acionou a Casan e pouco mais de uma hora depois conseguiu um caminhão-pipa para encher os reservatórios.
— Não chegamos a precisar dispensar alunos pois só avisamos essas primeiras famílias e depois, quando a água voltou, eles trouxeram as crianças. Mas estamos controlando, usando apenas o necessário — conta a diretora de creche que atende 85 crianças.
A situação foi parecida na unidade de ensino infantil Celso Pamplona, também no Jardim Atlântico. A creche também está se mantendo com a água das caixas, mas precisou do abastecimento da Casan nesta sexta. A unidade conseguiu funcionar normalmente todos os dias até agora, mas em alguns períodos já chegou a dispensar alunos mais cedo pela falta de água. A situação fica mais crítica quando atinge a cozinha, gerando problemas para a alimentação das crianças que, muitas vezes, passam o dia inteiro na creche.
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— A gente controla como consegue, até mesmo na hora do banho das crianças, da escovação, da limpeza. Mas várias vezes já precisamos do caminhão-pipa para poder continuar atendendo — diz uma das professora da creche, Márcia Andrade.
Casan diz que segue com monitoramento e controle da situação
Sem chuva e enquanto as novas bombas que serão instaladas no Rio Cubatão não chegam, a Casan segue tentando controlar a situação do abastecimento na região. A companhia diz que está monitorando os pontos com problemas e controlando a pressão e a vazão de água para direcionar a rede aos pontos com maior necessidade. Com essa estratégia, a Casan diz que tem conseguido evitar que algum ponto das cidades fique por mais de 24 horas sem água.
Nesta sexta-feira a companhia divulgou com os pontos de atenção em relação ao abastecimento eram os seguintes: nos bairros Barreiros, Potecas e Colônia Santana, em São José, partes altas de Biguaçu e as regiões do Pantanal e João Paulo em Florianópolis.