O relógio marcava 6h nessa segunda-feira quando Laurinda Wandrey acordou para lavar roupa. Para alguns pode parecer normal levantar assim cedo para começar as atividades domésticas, mas o motivo não era pressa. É que se deixar para mais tarde, a água da rede não tem pressão suficiente para chegar à casa da mulher.
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O problema não é novo. Moradores da Rua Reinhold Otto, no bairro Itoupava Central, relatam ser frequente a falta de água nas torneiras. Segundo Laurinda, a caixa costuma encher durante a madrugada, mas durante o dia a situação se complica e afeta tarefas simples do dia a dia, como lavar louça.
– Nesses oito anos que vivo aqui é sempre assim, com falta de água. Às 7h, 7h30min já não tem mais água nas torneiras a não ser a da caixa – afirma a dona de casa, que lembra que o que entra pela rede precisa ser poupado para garantir o banho da família no fim do dia.
Na casa de outros vizinhos, como na de Marlene Deschamps e na do Adilson José Vieira, a situação se repete. Eles contam que já entraram em contato com o Samae, responsável pelo serviço, várias vezes, na espera de uma solução. Porém, o problema na rede ainda não foi resolvido.
Em resposta à NSC TV na manhã dessa segunda-feira, a autarquia confirmou receber reclamações da falta de água na Rua Reinhold Otto em 2018 e 2019. Segundo o Samae, todas feitas em dias em que a rede estava fechada para manutenção por rompimento de adutora ou vazamentos no entorno.
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Também disse que uma equipe esteve no local domingo e tinha água. Entretanto, às 14h desta segunda-feira a reportagem do Jornal de Santa Catarina retomou o contato com Laurinda, que afirmou estar sem água na torneira.
Água barrenta
Na Rua Augusto Bennertz, no bairro Testo Salto, a água até chega. O problema é o barro que vem junto. Grasiela Nunes conta que já cansou de procurar o Samae e cobrar uma solução. Uma fotografia feita por ela no último sábado mostra a situação. Foi preciso jogar a água fora algumas vezes até conseguir encher a máquina e lavar as roupas.
Através da assessoria de imprensa, o Samae disse no sábado de manhã teve uma manutenção na adutora da região e, por conta disso, ocorreu a turbidez na água. A orientação nesse caso é de que o morador, caso se sinta lesado, procure uma unidade comercial do Samae para abertura de um processo administrativo.
Em situações semelhantes, a autarquia também recomenda que o morador entre em contato com o canal de Ouvidoria, pelo 115, opção 20, e registre o ocorrido, para que o departamento responsável possa tomar as devidas providências.
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Com informações de Maurício Cattani, NSC TV