Um homem e uma mulher apontados pela Polícia Civil como falsos curandeiros e que vendiam “poções mágicas” para curar doenças e quebrar feitiços foram presos suspeitos de golpes na Serra catarinense. Vítimas relataram à polícia terem pago mais de R$ 100 mil.
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As prisões aconteceram na quarta-feira em São Joaquim. A polícia afirma que a dupla dizia que a família dos alvos tinha uma maldição e oferecia poções mágicas em troca da cura.
Em Bom Retiro, vítimas chegaram a fazer transferência de R$ 100 mil para a conta dos supostos curandeiros, sendo R$ 50 mil para quebrar os feitiços e R$ 45 mil para custear uma viagem à Bahia, onde o feitiço finalmente seria quebrado. Suspeitos também teriam exigido mais R$ 20 mil, caso contrário, um integrante da família da vítima morreria amaldiçoado.
Segundo o delegado Diego Azevedo, de São Joaquim, foram presos Roseli de Fátima Ribeiro, 36 anos, de São Joaquim, e Rudinei Galvão Camargo, 25, do Rio Grande do Sul.
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A polícia apreendeu com eles dois carros e suspeita que os veículos tenham sido adquiridos com o dinheiro dos golpes. Houve flagrante por associação criminosa e foi instaurado inquérito para apurar o crime de estelionato. Um terceiro envolvido ainda é procurado.
– Os autores diziam que a família tinha uma maldição e que eles iriam reverter essa maldição. As vítimas pagaram mais de R$ 100 mil, recuperamos R$ 46,5 mil – contou o delegado.
A dupla é suspeita também de aplicar o golpe do falso tesouro que estaria enterrado na região.
A polícia afirma que pessoas eram levadas ao local para cavarem 30 centímetros, encontravam um medalhão de ouro enterrado, colocado pelos falsos curandeiros, fazendo com que acreditassem que havia um tesouro.
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Ao final, era feito um ritual com animais e exigido R$ 50 mil para que as pessoas ficassem com o ouro. O DC não teve acesso aos presos nem aos seus advogados. A reportagem também não conseguiu o contato da defesa deles.