Um falso sequestro de filho fez a mãe, de 73 anos, ficar refém por cerca de 5 horas, nesta quarta-feira (17). A vítima, moradora de Curitiba, no Paraná, recebeu uma ligação por volta das 5h30min, informando que o filho, morador de Florianópolis, em Santa Catarina, estaria sequestrado. O caso está sendo investigado. 

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Segundo a Polícia Civil do Paraná, os sequestradores pediram R$ 300 mil para a idosa, que foi orientada a se isolar em um hotel da cidade e permanecer em ligação para não atender, ou responder, familiares. 

O falso resgate dependeria da obediência e depósito da vítima, segundo o que informou à polícia. A idosa chegou a fazer uma transferência de R$ 1 mil, após ser ameaçada de morte. 

Enquanto a mãe mantinha contato com os sequestradores, no quarto de hotel, o filho recebeu uma ligação, por volta das 8h da manhã, informando que ele deveria pagar R$ 300 mil para o resgate da mãe, que estava “sequestrada”. De Florianópolis, o filho acionou a polícia do Paraná, contando sobre o ocorrido, sem saber que seria um golpe. 

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Ao mesmo tempo, os sequestradores ainda ligaram para alguns familiares pedindo o valor em dinheiro. Segundo o que informou o delegado responsável pelo caso, Cristiano Augusto Quintas dos Santos, a família, para “ganhar tempo”, depositou R$ 5 mil aos sequestradores. 

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Ainda de acordo com o delegado, outros casos já haviam acontecido e, por esse motivo, a identificação do golpe aconteceu em poucas horas. Por volta das 11h, a vítima foi encontrada no hotel e encaminhada para a delegacia. 

— Quando a polícia chegou no hotel, a mãe achou que eram os sequestradores. Ela, ainda em ligação, foi informada sobre o golpe e pedido para que desligasse o celular —disse Quintas.

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Os famíliares e a vítima já foram ouvidos. Segundo o delegado, o filho, por estar em Florianópolis, ainda não prestou depoimento formal, mas deve ser ouvido nos próximos dias.

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Sequestro remoto

Segundo o delegado, o ocorrido é chamado de sequestro remoto. O crime é comum e, de acordo com ele, os “sequestradores”, através de ligação, determinam o que as vítimas devem fazer. 

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— Consideramos um cárcere privado. Não tem ninguém vigiando, claro, mas essa vítima não sairia do hotel até que eles tivessem o dinheiro — explica.

Ainda de acordo com Quintas, os sequestradores escolhem a pessoa mais vulnerável da família e pedem para que ela se isole, sem contato nenhum, enquanto os familiares se mobilizam para o resgate.

O delegado informa que neste tipo de ligação é orientado não fazer depósito e acionar a polícia o mais rápido possível, mesmo que os falsos sequestradores peçam para que isso não seja feito. 

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*Sob supervisão de Augusto Ittner

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