Uma situação inusitada está sendo investigada pela polícia do Tocantins. Manoel Marciano da Silva tem 71 anos, mas, desde 1995 era tido como morto pela lei brasileira. Segundo informações do Jornal Nacional e g1, a luta de Manoel para provar que está vivo durou dois anos.
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A certidão de óbito foi registrada em cartório pela ex-esposa, depois da separação do casal. O documento estava assinado por duas testemunhas e registrava que a morte foi por causa desconhecida. Ainda de acordo com a certidão, o homem estaria enterrado no cemitério público de Augustinópolis, em Tocantins.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o idoso visitou o local e afirmou: “Com certeza, a primeira vez é hoje. E não quero vir pra cá tão cedo não”.
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Como homem descobriu que estava legalmente morto
Em 2012, Manoel foi votar, mas o nome não constava na lista de eleitor. Ele relembra: ““Eu fui votar lá onde eu moro. Aí eu dei meu título. Eles caçaram meu nome na folha lá. Aí eles [disseram] ‘não, seu Manoel. O senhor não vota não’. Eu digo, por quê? ‘Seu nome não tá mais aqui não’. A moça parou e falou: ‘esse homem aqui tá com quatro anos de falecido’”.
Mesmo ouvindo que seu nome constava como o de um falecido, o homem não procurou resolver a questão. Porém, em 2021, ele perdeu o acesso a consultas pelo Sistema Único de Saúdo (SUS) e sua aposentadoria foi cortada.
Manoel Marciano da Silva decidiu provar na justiça que estava, de fato, vivo. Para isso, se apresentou diante do juiz Jeferson Ramos, que afirmou à reportagem do Jornal Nacional: “Qualquer documento falso, ele gera danos incomensuráveis”.
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A investigação
Com a confirmação legal de que o homem não está morto, a Polícia Civil do Tocantins vai investigar a ex-mulher de Manoel e as testemunhas constadas na certidão de óbito registrada há 28 anos. Os filhos do idoso acreditam que a mãe, que é analfabeta, tenha sido induzida ao erro. Já Manoel afirma que não tem mágoa da mulher.
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