“Seja bem-vindo 2013!”, diz a mensagem garrafal na capa do site da banda, e parece que O Rappa está mesmo decidido a fazer deste um ano memorável. Completando 20 anos, o grupo carioca quer cantar novos sons e contar novas histórias. Para isso, além de shows surpreendentes, prepara o lançamento de um novo álbum de músicas inéditas. O disco, ainda envolto em mistério, tem previsão de lançamento para este primeiro semestre e surge quase cinco anos depois de 7 vezes, o último da banda. Figurinhas no Planeta Atlântida há mais de 10 anos, Falcão (vocal), Xandão (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobarto (bateria) se apresentam hoje à noite no evento em Santa Catarina. Em entrevista por e-mail, o vocalista da banda conta um pouco do que vem por aí.

Continua depois da publicidade

O que você pode nos adiantar sobre o novo CD da banda?

Falcão – Essa é a pergunta que não quer calar…(risos). Se eu conto, estraga a surpresa, né? Mas já temos mais de 10 músicas, que estão sendo lapidadas.

O Rappa surgiu e se tornou conhecido na década de 1990, época em que o Brasil viveu uma efervescência de bandas que mantinham uma forte ligação com a cultura de seus estados de origem (Nação Zumbi, Pato Fu, Raimundos e Planet Hemp, para citar apenas algumas). Hoje existe um movimento similar acontecendo?

Continua depois da publicidade

Falcão – A internet mudou um pouco essa percepção de movimento. As bandas continuam nascendo, mas podem estar ligadas ao tipo de som da gringa ou buscando uma identidade própria com influências nacionais, sem necessariamente fazer parte de um “movimento”. Eu vejo um trabalho forte no (grupo) Ponto de Equilíbrio, o rap se reinventando com novas parcerias entre artistas. Tem muita coisa rolando, mas não vejo como um movimento.

Vocês já vieram muitas vezes ao Planeta Atlântida em Santa Catarina e sempre estão entre as atrações mais esperadas. Para a banda, qual a importância de estar presente em um evento que mistura vários ritmos e públicos?

Falcão – É uma honra enorme fazer parte da história do Planeta e sempre será uma honra fazer parte de um festival tão importante no calendário brasileiro. Sem contar a ligação do Rappa com o Sul, que sempre recebeu a gente com um carinho enorme. A importância é exatamente essa mistura, que faz parte da cultura do brasileiro e que faz parte do que é O Rappa. É bom para o artista ver coisas novas e tocar para uma galera que não é tão próxima do teu som, é bom para o público ter contato com um artista que não tá direto no som dele… É só coisa boa.

Continua depois da publicidade

O que o público pode esperar do show de hoje?

Falcão – O Rappa tá voando baixo e vem muito forte pra 2013. A rapaziada tá muito motivada pelo disco novo, pelo trabalho de estúdio. E show em festival é daquele jeito, intenso do começo ao fim. Show no Sul é sempre com essa missão: entrar com força pra retribuir o carinho que a galera deu pro Rappa desde o começo da banda. E O Rappa se garante em cima do palco. Geral não vai se arrepender.