* Amigas, resolvi escrever para vocês porque o meu depoimento pode ajudar outras pessoas. Sou casada há cinco anos, e, como todo casamento, o meu teve uma crise séria. No ano passado, decidimos dar um tempo. Ficamos um mês separados, e o meu marido transou com outra. Eu não sabia, mas, depois de um tempo, começaram a aparecer umas feridinhas no meu corpo e no dele.
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Fomos ao médico e descobrimos que estávamos com sífilis. Fiquei arrasada! Brigamos, e ele me contou que tinha transado uma vez com uma mulher que não conhecia, sem camisinha. Fizemos o tratamento, e o médico disse que tem aumentado o número de pessoas com essa doença. Pelo menos, estamos curados.
Realmente, o número de pessoas infectadas por sífilis tem avançado no Brasil, e o mais preocupante é que muita gente não sabe que está transmitindo a doença.
Isso porque, três semanas após a contaminação, surge uma lesão na genitália do infectado, mas ela some espontaneamente em alguns dias, dando a falsa impressão de cura. Após o desaparecimento das lesões, os sintomas não são muito visíveis. Você só vai descobrir se for ao médico, e ele solicitar um exame de sangue específico.
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No Estado de São Paulo, o número de adultos contaminados aumentou, em seis anos, mais de 600%! Cerca de sete pessoas são infectadas diariamente pela bactéria treponema pallidum, que causa a sífilis. Essa doença entrou na lista de notificações compulsórias desde 2010. Ou seja, a cada novo caso diagnosticado, a secretaria de saúde do município precisa informar as autoridades.
Um dos motivos possíveis para o aumento da doença é que as pessoas não têm usado preservativos nas relações sexuais. Grande parte não lança mão da camisinha porque acredita que a aids se tornou uma doença tratável. Mas não se pega apenas aids nas relações sexuais desprotegidas.
A sífilis é curável, mas não gera imunidade. Portanto, é possível se infectar mais de uma vez se insistir em não usar preservativo. Se o teste der positivo, o paciente precisa fazer outro, confirmatório, para ter o diagnóstico definitivo.
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Isso porque, se o paciente já teve sífilis e foi curado, ele fica com uma cicatriz sorológica. A benzatina é um dos medicamentos chefes para tratá-la, mas é possível substituir por outros antibióticos específicos.
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