Uma fake news compartilhada repetidamente nas redes sociais ao longo desta semana levou o Ministério Público de Santa Catarina a mobilizar diversos órgãos para uma vistoria no Presídio Regional de Tubarão, no Sul do Estado. As publicações na internet davam conta de um surto de doença contagiosa entre os detentos e trazia, inclusive, fotos das feridas na pele dos preso.

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Mas durante uma visita à unidade nesta sexta-feira (7), em que estiveram presentes também Defensoria Pública e Comissão de Assuntos Prisionais da OBA de Tubarão, as autoridades perceberam que a explicação por trás das imagens é outra.

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Segundo o promotor de Justiça Marcus Vinicius dos Santos, foi verificado que as fotografias de três reclusos que circularam na redes sociais correspondem a momentos distintos, com intervalo de dias e até meses entre uma situação e outra. Além disso, conforme o MPSC, não são relacionadas a qualquer doença, mas sim a ferimentos causados pelos próprios detentos.  

Os presos foram ouvidos de forma presencial e individual e o Ministério Público constatou que os ferimentos exibidos nas imagens já estão cicatrizados. Para a promotoria, isso “demonstra que o atendimento médico necessário foi prestado”. Todos os setores da unidade prisional foram visitados e estão em condições adequadas, segundo o órgão.  

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— Constatamos que as fotografias não são atuais e foram extraídas da evolução de prontuários médicos, inexistindo, portanto, qualquer indício de surto. Foi possível constatar, por meio da análise dos prontuários e em conversas com cada um dos detentos, que, tão logo apresentaram os ferimentos, foi prestado imediato atendimento pela Administração do Presídio, encaminhando-os até o hospital de Tubarão, onde foram tratados — reforça Santos.

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