Responsável por mais de 50% da produção de mariscos do País, o município de Palhoça, na Grande Florianópolis, abastece o mercado nacional com 10 toneladas do produto por ano. Por isso mesmo, o curso tecnólogo em Maricultura previsto pela Faculdade Municipal de Palhoça (FMP) não será voltado apenas aos estudantes, mas à comunidade.
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O intenção de criar o curso superior começou a ser divulgada em outubro de 2012. De lá para cá, uma série de ações na instituição tem buscado saídas para possibilitar o curso tecnólogo. Diretora-executiva da instituição, Mariah Nascimento Pereira explica que o único fator que ainda impede o início das aulas é uma destinação de verba de R$ 1,4 milhões, que deve ser liberada pelo Ministério da Pesca:
– Os recursos do governo federal serão utilizados na construção de um laboratório técnico, que produzirá sementes para os maricultores – explica.
Mariah diz que a liberação da verba é prevista ainda para o primeiro semestre de 2014. Ela explica que, se não fosse pelo laboratório, as aulas já teriam começado no primeiro semestre de 2014. A dificuldade em encontrar sementes de qualidade para o cultivo seria um dos maiores desafios dos produtores da cidade, e um curso na área contribui com o aumento da produção de mariscos, afirma a diretora-executiva da FMP.
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– Como uma faculdade municipal e pública, é nosso papel estimular as necessidades e desejos locais.
O Ministério da Pesca confirmou o pedido, mas não determinou o prazo para a liberação.
A FMP, criada em 2006, tem um sistema de cotas diferente das instituições federais e estaduais em Santa Catarina. Na instituição, 80% das vagas são reservadas a moradores de Palhoça que cursaram o ensino médio na rede pública da cidade. Os 20% restantes das vagas são distribuídos a partir de um vestibular comum, realizado semestralmente.