Ganhar a Copa é o objetivo dos 32 técnicos. Mas sejamos realistas: só um leva, e normalmente um que está à frente de uma seleção tradicional. Isso não quer dizer que não haja outras metas para os comandantes em um Mundial.

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Zero Hora sugere cinco inquilinos das casamatas novinhas dos estádios brasileiros para você prestar atenção entre junho e julho. Cada um tem desafios diferentes em 2014. O trabalho de Fabio Capello? Repetir em uma seleção o sucesso dos clubes.

Milan, Real Madrid, Roma, Juventus. Pelos clubes que Fabio Capello, 67 anos, passou, deixou títulos. Sete Italianos, uma Liga dos Campeões, uma supercopa da Uefa e quatro da Itália, dois Espanhóis. Mas como gosta de enfatizar em suas entrevistas, Capello não gosta de observar o passado: sequer pendura em casa as medalhas que conquistou. Seu foco está sempre no próximo objetivo: agora é deixar a Rússia competitiva para a Copa de 2018.

Na primeira vez à frente de uma seleção, a Inglaterra, entre 2007 e 2012, foi goleado e eliminado nas oitavas da Copa de 2010 pela Alemanha. Assumiu a Rússia e conseguiu a classificação direta nas Eliminatórias, no grupo de Portugal.

– Os russos estão bastante satisfeitos com o trabalho do Capello. A União de Futebol Russa quis renovar seu contrato até 2018 antes do Mundial porque temia perdê-lo para o Milan ou para outro seleção – diz David Júnior, editor e comentarista do Diário da Rússia, portal brasileiro de notícias do país do Leste Europeu.

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– Trabalhei sete anos com o Capello e nunca sentei em uma mesa de restaurante com ele (risos). É extremamente sério, de poucas palavras, mas muito transparente com os atletas. Se preocupa muito com a parte defensiva: sempre diz que, se não tomar gol, o time dele vai fazer – conta Emerson, campeão com o técnico em Roma, Juventus e Real Madrid.

Como joga

Para fazer gol na seleção russa é preciso antes chegar perto do goleiro Akinfeev. O que não é fácil. Desenhado em um 4-1-4-1, com um volante entre as linhas de quatro, o time é extremamente compacto. A infiltração adversária é difícil, pois sempre há sobra de marcação. Quando tem a bola, a Rússia depende do atacante Kokorin e do meia ofensivo Samedov, que avançam como pontas para servir o goleador Kerzhakov.

Confira os desafios dos técnicos Alejandro Sabella (Argentina), Marc Wilmots (Bélgica), Sabri Lamouchi (Costa do Marfim) e Cesare Prandelli (Itália).