As próximas campanhas de Colcci, Carlos Miele e Herchcovitch, Alexandre foram clicadas por Fabio Bartelt – assim como os editoriais e capas de novas edições da Vogue Brasil. A versão nacional da principal revista de moda do mundo acabou de acertar exclusividade com o fotógrafo para que o olhar especial de Fabio não apareça em capas de concorrentes diretas.

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Colcci, Miele e Herchcovitch são apenas três das muitas grifes de peso que só querem o fotógrafo. Tops como Isabeli Fontana costumam pedir por ele em seus trabalhos, o que tem tornado a rotina de Fabio uma loucura – com trabalhos aos sábados, domingos, feriados, que podem ser no Brasil, em Nova York, Dubai ou Suíça – só para ficar por lugares em que ele passou recentemente. Em meio a agenda caótica, Fabio costuma reservar um tempinho para passar por um lugar que nada tem a ver com trabalho e sim com origem: Itajaí. O top fotógrafo nasceu e morou até os 20 anos na cidade portuária de SC – onde ainda moram duas irmãs e seu pai. Há duas semanas, em 21 de julho, esteve por lá para participar do reencontro do Coral Carpe Diem. Boa parte da infância e adolescência do fotógrafo foi dedicada ao grupo.

Hoje Fabio Bartelt está no topo da fotografia de moda do Brasil – ao lado de feras como Gui Paganini, Zee Nunes, JR Duran ou Bob Wolfenson.

– Eu não tenho dúvidas de que atualmente ele está entre os três principais do Brasil – afirma Paulo Martinez, o mais respeitado stylist brasileiro e editor de moda da Mag!.

A esposa Carol Trentini e uma das tops mais fotografadas por ele promete uma análise estritamente profissional do maridão:

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– O Fabio entende muito de beleza. Ele sabe deixar a modelo bonita.

Martinez completa que, além de talentoso, ele é curioso, um estudioso da imagem e um fotógrafo que sabe “ler a roupa e mostrar o que precisa ser mostrado”.

Foi com um empurrãozinho do stylist que o catarinense emplacou como fotógrafo. Em 2008, Fabio aceitou o convite para fazer um editorial para MAG!, em que as fotos seriam mexidas e ganhariam ilustrações do artista alemão Tomek Sardurski. O material ficou tão bom que apenas três fotos receberam o tratamento. A partir dali, ele não parou mais. Na época, Fabio era assistente de fotografia de Jacques Dequeker – outra pessoa essencial em sua trajetória como fotógrafo.

– Tudo que eu sei de foto aprendi com ele. Nunca fiz um curso na área. Quando o editorial da MAG! foi publicado, o Jacques me disse: agora não dá mais para você ser assistente – afirma Fabio.

Por dois anos, Fabio foi assistente de Jacques. Era do tipo “chato” e um observador incansável. Cada vez que Jacques mexia na máquina, Fabio perguntava o que ele tinha feito e porquê. Uma frase no site oficial do catarinense é a deixa para entender sua obstinação pela fotografia de moda: “Meu sonho é criar imagens atemporais, que fiquem para sempre”.

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