Se nos últimos Mundiais, poucas equipes lutaram pelas vitórias, a temporada deste ano da Fórmula 1 vem proporcionando boas disputas e uma imprevisibilidade ímpar, com seis vencedores diferentes em seis provas.

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E, no sempre agitado GP do Canadá, que ocorrerá domingo, ninguém se arrisca a prever um ganhador. Afinal, a pista de Montreal tem características que se adaptam a vários carros.

Outra vez, o desgaste de pneus promete ser decisivo. Como em Mônaco, a Pirelli escolheu compostos macios (amarelos) e supermacios (vermelhos) e o circuito Gilles Villeneuve se mostrou muito gastador de borracha na última prova em pista seca, há dois anos. Como em 2011 choveu, a Pirelli não tem dados de degradação em corrida, o que deve quebrar a cabeça das equipes para um melhor acerto.

Vencedora do último GP com Mark Webber, a Red Bull encara o desafio de correr sem uma inovação do projetista Adrian Newey: uma abertura no assoalho que redirecionava o ar de forma mais eficaz para a traseira. Como a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) proibiu o sistema, o time teve de voltar ao assoalho antigo, o que irritou o chefe Christian Horner.

– Não é fácil, parece que a Red Bull é mais fiscalizada do que as equipes do meio do grid. É uma das corridas que a Red Bull jamais venceu, apesar de termos chegado perto no ano passado. Seria ótimo retificar isso – disse Horner, lembrando que Sebastian Vettel perdeu a ponta para Jenson Button na última volta.

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Quem também busca a primeira vitória, mas no ano, é Lewis Hamilton, que debutou como ganhador na F-1 justamente no Canadá, em 2007.

– Vem sendo uma temporada única, com desafios a cada corrida. Estou tentando extrair cada décimo e os caras na fábrica, também. Estamos vivos na briga do título e Montreal é uma das minhas pistas favoritas – falou o inglês, quarto na tabela.

Não bastasse a dureza do traçado de Montreal, que exige muito de motor e freios, o GP canadense costuma ter muitas entradas do safety car, pela proximidade dos muros em relação à pista – só em 2011, foram seis.