As Forças Democráticas Sírias (FDS) libertaram membros do grupo Estado Islâmico (EI), entre os quais havia cidadãos europeus, no âmbito de trocas secretas de prisioneiros com o EI, afirmou nesta sexta-feira (15) um jornal britânico.

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Segundo o Daily Telegraph, entre os extremistas libertados há cidadãos franceses e alemães. Nos futuros acordos de trocas também poderiam figurar, segundo o jornal, três prisioneiros britânicos detidos pelas FDS, uma aliança de combatentes árabes e curdos apoiada pelos Estados Unidos.

O periódico afirma que entre as FDS e o EI ocorreram três trocas de prisioneiros. A primeira delas, em fevereiro, envolveu 200 extremistas, a maioria chechenos e árabes, mas também “uma certa quantidade de franceses e ao menos um alemão”. Foram levados de centros de detenção geridos pelas FDS para áreas de baixo controle do grupo EI na província de Deir Ezzor.

Em abril teriam trocado cerca de 15 combatentes e 40 mulheres e crianças, entre os quais havia marroquinos, franceses, belgas e holandeses. “A maioria foi enviada a territórios do Estado Islâmico contra a sua vontade”, segundo um chefe tribal que teria servido de mediador, citado pelo jornal.

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Em troca, o EI teria libertado um número idêntico de prisioneiros curdos capturados durante a batalha de Deir Ezzor e prometido não atacar os campos petroleiros e de gás sob controle das FDS.

A última troca teria acontecido em 6 de junho na cidade de Hajin, na província de Deir Ezzor, e teria envolvido 15 esposas de extremistas.

As FDS retêm milhares de extremistas estrangeiros de dezenas de nacionalidades, capturados à medida que o EI perdia terreno.

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Seu destino continua incerto, já que as autoridades dos países envolvidos rejeitam o seu retorno na maioria dos casos.

A AFP contactou os ministérios britânico, alemão e holandês das Relações Exteriores, mas nenhum respondeu por enquanto.

* AFP